Cerca de 10 mil pessoas, segundo números da polícia, ou até 35 mil, de acordo com os organizadores, se manifestaram neste sábado em Dresden, na Alemanha, a favor da tolerância e em resposta às manifestações que todas as segundas-feiras o movimento islamofóbico Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente (Pegida) convoca nessa cidade.
A manifestação - apoiada pelo primeiro-ministro do "Land" (estado federado) da Saxônia, o conservador Stanislaw Tillich, e organizada por grupos cívicos e coletivos religiosos - ocorreu na frente da Frauenkirche, igreja mais emblemática de Dresden, destruída pelos bombardeios da Segunda Guerra Mundial e reconstruída com donativos de todo o mundo.
"Não deixaremos que o ódio nos divida", era o lema da passeata para expressar rejeição dos cidadãos a organização Pegida.
A manifestação deste sábado é a maior manifestação realizada até agora contra esse movimento islamofóbico; na segunda-feira passada foram reunidas 18 mil pessoas.
O impacto internacional do atentado eme Paris multiplicou, por um lado, as convocações contra a islamofobia e, por outro, as advertências de Pegida de que esses ataques reforçam sua convicção que o Islã é uma ameaça para a Europa.