A estatal russa Almaz-Antey, responsável pela fabricação dos mísseis BUK que teriam atingido o avião da Malaysia Airlines em julho de 2014, divulgou nesta terça-feira (2) em Moscou uma investigação independente na qual contesta as sanções aplicadas pela União Europeia à empresa.
De acordo com investigação apresentada pela Almaz-Antey, o míssil que poderia ter atingido a aeronave foi, com base nos danos causados na fuselagem do avião e a partir da cálculos matemáticos sobre o ângulo com que o projétil o atingiu, um modelo 9M38M1.
Também de fabricação russa, o projétil não é produzido desde 1995, tendo sua venda suspensa desde 1997, período que antecede a criação do consórcio liderado pela Almaz-Antey, segundo destacou a empresa que pede o fim dos embargos impostos pela União Europeia após o incidente.
A empresa ressaltou ainda que possui "provas de que, em 2005, foi feito um estudo contratual a pedido da Ucrânia para a extensão da vida útil desses mísseis", segundo destacou o diretor geral da Almaz Antey, Yan Novikov.
O estudo, no entanto, não foi concluído e passou a ser feito pela própria Ucrânia, que detém a tecnologia junto com Belarus e Finlândia, países que a adquiriram antes da criação da Almaz-Antey.
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A partir da constatação de qual modelo do míssil que atingiu a aeronave que fazia a rota entre Amsterdã e Kuala Lumpur, a empresa chegou à conclusão também de que o projétil só poderia ter saído da região de Zaroschenskoie, mais ao sul da região divulgada inicialmente pelas autoridades internacionais (Snezhnoie).
A investigação da empresa foi realizada com base nas informações fornecidas pela Comissão de Investigação Internacional e em dados técnicos da tecnologia desenvolvida por ela mesma.
De acordo com os dados apresentados pela estatal, o trajeto feito pelo projétil foi de 71 a 78 graus no plano horizontal e de 20 a 22 graus no plano vertical, posição que explicaria o tipo de dano causado no avião.
"Se a culpa foi de uma das armas fabricadas por nosso consórcio, então digo que só poderia ser o modelo M1. Produzimos armas de defesa antiaérea, sentimos muito pelo que aconteceu com a aeronave, mas nossas armas foram usadas com outro destino", lamentou Novikov.
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Destroços do Boeing 777 da Malaysia Airlines que caiu com 295 pessoas à bordo próximo ao vilarejo de Grabovo, na região de Donetsk, na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev
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Destroços caíram na Ucrânia nesta quinta-feira
Foto: Maxim Zmeyev
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Um conselheiro do ministro do Interior da Ucrânia informou que a aeronave foi derrubada por um míssil disparado por separatistas
Foto: Maxim Zmeyev
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Um funcionário dos serviços de emergência disse que pelo menos 100 corpos foram encontrados
Foto: Maxim Zmeyev
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A polícia e os bombeiros estão no local para atender a ocorrência
Foto: Maxim Zmeyev
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Em comunicado oficial, a Boeing se colocou à disposição das autoridades na investigação do acidente
Foto: Dominique Faget
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Destroços do avião estão espalhados pelo vilarejo de Grabovo
Foto: Dominique Faget
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Entre os mortos haveria 23 cidadãos americanos, mas ainda não há informação sobre as demais nacionalidades
Foto: Maxim Zmeyev
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Em 8 de março deste ano, um outro avião da Malaysia Airlines que decolou de Kuala Lampur em direção à Pequim, com 239 pessoas a bordo, desapareceu dos radares
Foto: Dmitry Lovetsky
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Um dos focos de fogo do avião da Malaysia Airliness que caiu nesta quinta
Foto: Dmitry Lovetsky
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Seguranças do Aeroporto internacional de Kuala Lumpur, na Malásia procuravam informações do voo que vinha de Amesterdã
Foto: Vincent Thian
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A entrada da Malaysia Airlines está fechada no Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur
Foto: Olivia Harris
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Após o acidente, o posto de atendimento da Malaysia Airliness fechou em Amesterdã, na Holanda
Foto: Olaf Kraav
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O presidente da Ucrânia,Petro Poroshenko afirmou ter convicção de que se trata de um "ato terrorista"
Foto: Mykola Lazarenko
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Este é o segundo avião da empresa que desaparece dos radares nos últimos meses
Foto: Tomas Manan Vatsyayana
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Avião da Malaysia desaparece na Ucrânia perto da Rússia
Foto: Tomas Bartkowiak
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Em imagem, avião da Malaysia Airlines é fotografado enquanto levanta voo
Foto: FRED NEELEMAN
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Separatista é visto sobre destroços do avião, na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev
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Mulher põe flores na entrada do aeroporto de Schipol, em Amsterdã, um dia após a tragédia com o avião da Malaysia
Foto: Dominique Faget /AFP
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Homem usa celular para registrar os destroços do avião da Malaysia Airlines que caiu na Ucrânia após ser atingido por um míssil
Foto: Dominique Faget /AFP
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Um funcionário do resgate demarca locais em que corpos das vítimas foram encontrados na área em que o avião da Malaysia caiu
Foto: Dominique Faget /AFP
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Soldado pró-Rússia encontra um brinquedo entre os destroços do avião da Malaysia Airlines
Foto: Dmitry Lovetsky/AP
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Soldados pró-Rússia resguardam a área em que caiu o avião da Malaysia Airlines
Foto: Dmitry Lovetsky/AP
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Um representante da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa acompanha os trabalhos de resgate perto de destroços do avião da Malaysia que caiu na Ucrânia
Foto: Dmitry Lovetsky/AP
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Separatistas pró-Rússia reúnem pertences de passageiros do avião que caiu na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev/Reuters
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Pertences de passageiros encontrados na área em que caiu o avião da Malaysia na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev/Reuters
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Pertences de passageiros encontrados na área em que caiu o avião da Malaysia na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev/Reuters
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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em pronunciamento sobre o desastre do avião da Malaysia; Obama disse que o míssil partiu de um território controlado por separatistas pró-Rússia