Movimento alemão anti-Islã diz que voltará a se manifestar

Ato havia sido proibido pela polícia alemã por um "risco terrorista concreto"

19 jan 2015 - 12h00
(atualizado às 13h24)
Milhares participam de marcha convocada pelo grupo "Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente" em Dresden, em 5 de janeiro
Milhares participam de marcha convocada pelo grupo "Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente" em Dresden, em 5 de janeiro
Foto: Fabrizio Bensch / Reuters

O movimento alemão anti-Islã Pegida, que cancelou a manifestação prevista para esta segunda-feira em Dresden (leste) devido a ameaças de atentado, anunciou sua vontade de voltar a se manifestar e apresentou um manifesto de seis pontos para dialogar com os partidos políticos.

Os anúncios foram feitos por Kathrin Oertel, uma das principais figuras do Pegida (Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente), em sua primeira coletiva de imprensa, pois até então só se comunicava pelas redes sociais.

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Oertel fez questão de distanciar seu movimento dos "extremistas de direita" e afirmou que a ação do Pegida é "amistosa e pacífica".

Entre os pontos que figuram em seu manifesto, está "uma imigração qualitativa, o reforço da segurança interna, a organização de referendos de iniciativa popular e o fim de atitudes belicosas em relação à Rússia e outros Estados".

A polícia alemã proibiu toda reunião pública ao ar livre nesta segunda-feira em Dresden por um "risco terrorista concreto" para a manifestação semanal do movimento anti-islã Pegida.

"Todas as manifestações públicas ao ar livre estão proibidas na segunda-feira, 19 de janeiro, no território da cidade de Dresde", anunciou a polícia em um comunicado, depois que o movimento Pegida anunciou que desistia de realizar sua tradicional manifestação de segunda-feira após uma ameaça de morte do grupo Estado Islâmico contra um dos organizadores.

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A polícia de Dresden recebeu informação de suas colegas federal e estatal de que há "um risco terrorista concreto" contra o grupo Pegida (Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente).

Ocorreram telefonemas de que poderiam existir "assassinos entre os manifestantes" dispostos a "matar algum membro da organização das manifestações do Pegida", indicou a polícia no comunicado que anuncia a proibição.

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