Uma mulher que vestia um véu islâmico, durante uma apresentação a Traviata, no teatro Ópera, de Paris, foi convidada a deixar o local. O episódio, ocorrido no último dia 3, foi revelado pelo ministério da Cultura francês nesta terça-feira (21). Em nota, o ministério diz querer evitar esse tipo de episódio. Segundo a lei do país, é proibido o uso de burca e niqab (véu) em locais públicos.
Segundo informações, a mulher estava sentada, ao lado do marido, na primeira fila do teatro, atrás do diretor da orquestra. Ela usava um véu claro, que lhe cobria os cabelos, a boca e o nariz.
"Fui alertado entre o primeiro e o segundo ato", afirmou o vice-diretor do teatro Ópera, Jean-Phillippe Thiellay. "Alguns membros do coro comunicaram que não teriam cantado se não fosse encontrada uma solução", disse.
Seguranças avisaram o casal sobre as leis do país e pediram para que a mulher retirasse o véu ou deixasse o local. Turistas do Oriente Médio, eles preferiram ir embora.
O ministério da Cultura afirmou que vai divulgar nota nos teatros e museus nacionais para que os turistas tenham acesso à lei "anti-burca", aprovada em 2010 e que prevê multa de 150 euros e um curso de educação cívica.