Chegou ao fim, na manhã desta terça-feira (12), a última viagem em alto mar do navio Costa Concordia. A complexa operação de retirada da embarcação de uma parte do porto de Gênova para levá-lo ao local do desmanche final ocorreu sem problemas e durou cerca de 15 horas.
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Para o comandante da Capitania dos Portos de Gênova, Vincenzo Melone, que estava na cabine do transatlântico, essa foi a maior operação já realizada no mar.
"Quando o primeiro cabo de segurança foi preso no cais, eu dei um suspiro de alívio porque ali se concluía uma operação única na história da Marinha. Posso dizer que isso é um sucesso de todo o sistema portuário, pois se conjugaram a capacidade organização da Capitania com os excelentes serviços técnicos-náuticos do porto", disse Melone ao descer dos restos do navio.
O Costa Concordia ficará preso por 12 cabos de aço em uma primeira etapa do desmanche e depois será levado ao porto seco para ser completamente desmontado.
"Do navio serão recuperados 55 mil toneladas de aço e duas mil toneladas de cobre. A operação é complexa e, ao todo, iremos recuperar e destinar à reciclagem 100% do aço e do metal e cerca de 80% de tudo que estava na embarcação", disse Ferdinando Garrè, CEO do Consórcio Ship Recycling, que desmontará o barco.
O Costa Concordia deixou a ilha de Giglio - onde sofreu o acidente no dia 13 de janeiro de 2012, matando 32 pessoas - no dia 23 de julho de 2013 e, após quatro dias de navegação, os restos chegaram à Gênova. Segundo previsões da própria Ship Recycling, a desmontagem total do navio deve terminar "na primavera de 2016" após 22 meses de trabalho.