Pelo menos três pessoas foram presas pela polícia catalã após o ataque com uma van em Barcelona que matou 13 pessoas e feriu pelo menos cem na quinta-feira.
Até a manhã desta sexta-feira, a polícia tinha informado que dois dos suspeitos detidos não eram o motorista da van, que tinha fugido após o ataque. Não se sabe ainda se o terceiro detido seria o motorista.
A mídia espanhola diz que o "principal suspeito" de ter dirigido a van seria Moussa Oukabir, irmão de Driss Oukabir, que é um dos suspeitos detidos e que teria se apresentado à polícia após o ataque se dizendo inocente e que seus documentos tinham sido roubados.
A van branca usada no ataque tinha sido alugada com os documentos de Driss Oukabir. Em um primeiro momento, a polícia divulgou uma foto dele, identificando-o como um dos suspeitos do atentado em Las Ramblas e dizendo que ele era cidadão marroquino com direito a residência permanente na Espanha.
Segundo a polícia, isso indica que ele morava no país há mais de cinco anos.
"Prendemos duas pessoas envolvidas diretamente no ataque, mas nenhuma delas era o motorista da van", disse Josep Lluís Trapero, chefe da polícia catalã.
De acordo com as autoridades, o outro suspeito detido é de Melilla, cidade autônoma espanhola localizada no norte da África.
Motorista fugiu
Às 17h (horário local) de quinta-feira, uma van avançou sobre pedestres que caminhavam em Las Ramblas, próximo à Praça Catalunha, e percorreu cerca de 600 metros até colidir em uma banca de jornal.
O motorista que dirigia o veículo fugiu logo em seguida.
A polícia não descarta que outras pessoas estejam envolvidas no atentado e segue buscando outros possíveis suspeitos.
As autoridades acreditam que o objetivo do ataque era "tentar matar a maior quantidade de gente possível".
O grupo extremista autodenominado Estado Islâmico disse que o ataque foi realizado por "soldados" seus, sem dar mais detalhes.
Uma explosão e um morto
De acordo com as autoridades, o ataque tem uma conexão "clara" com uma explosão ocorrida na quarta-feira à noite, na cidade de Alcanar, a cerca de 200 quilômetros ao sul de Barcelona. A explosão destruiu uma casa, deixando uma pessoa morta e sete feridas.
Suspeita-se que os inquilinos estavam preparando explosivos no interior da residência com gás butano.
Segundo a polícia, um dos presos por envolvimento no atentado em Las Ramblas, o natural de Melilla, teria relação direta com essa explosão.
Horas após o ataque em Barcelona, a polícia anunciou que matara cinco homens em um carro na cidade turística de Cambrils. Eles supostamente estavam prestes a realizar um ataque semelhante ao de Barcelona - e usavam cintos-bomba falsos. A polícia não deu mais informações sobre esses cinco homens, mas disse que este incidente estava ligado ao ataque de Barcelona.