O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, chegou nesta quarta-feira a Tallinn, em uma visita com o foco no conflito na Ucrânia e da qual as três antigas repúblicas soviéticas do Báltico - Estônia, Letônia e Lituânia, todas elas membros da OTAN - esperam um reforço de sua segurança.
Obama viaja a esta ex-república soviética com um objetivo central: alertar o presidente russo, Vladimir Putin, contra qualquer tentativa de atacar um país da Otan, ainda que pequeno.
O avião presidencial, o Air Force One, pousou no aeroporto de Tallinn às 6h20 (horário local, 0h20 de Brasília), informou desde a vizinha Estônia a agência "Delfi".
Como é habitual em suas visitas, as atividades do chefe da Casa Branca começarão com uma reunião com o pessoal da embaixada americana em Tallinn, após o que Obama irá ao palácio presidencial, onde será realizada a cerimônia de recepção oficial.
Obama fará uma reunião com o presidente anfitrião, Toomas Hendrik Ilves, com quem dará uma entrevista coletiva.
Também vai conversar com o primeiro-ministro estoniano, Taavi Roivas, com quem, como antecipou Washington, falará não apenas das relações bilaterais, mas também de cooperação estratégica e regional, e da associação transatlântica.
Pela tarde, Obama se reunirá novamente com Ilves, encontro ao qual se somarão os presidentes da Lituânia, Dalia Grybauskaite, e Letônia, Andris Berzins.
Os três países bálticos, assim como a Polônia, pediram o aumento da presença militar da Otan em seus respectivos territórios devido ao conflito na Ucrânia.
"Está carregado de simbolismo político o fato de que o presidente dos Estados Unidos venha à Estônia diretamente de Washington para depois seguir viagem à cúpula da Otan no País de Gales", declarou às vésperas da visita de Obama o ministro das Relações Exteriores estoniano, Urmas Paet.
O presidente americano participará na quinta e sexta-feira da cúpula da Otan em Gales, onde planeja uma reunião com o presidente ucraniano.
Os líderes da Aliança Atlântica pretendem adotar um plano de ação (Readiness Action Plan) para dar segurança aos aliados do leste, que consideram mais do que nunca a Rússia uma ameaça pelo conflito na Ucrânia.
Segundo o jornal New York Times, os 28 países da Otan criaram uma força de 4.000 homens capaz de replicar em 48 horas a qualquer movimento de tropas russas no leste da Europa.
Com informações da AFP e EFE.