Obama conversa com Putin sobre ameaça de guerra na Ucrânia

Na conversa telefônica, Vladimir Putin informou que, caso haja uma nova escalada de violência, a Rússia 'se reserva ao direito de proteger seus interesses'

1 mar 2014 - 19h03
(atualizado às 19h49)

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, teve uma conversa telefônica de 90 minutos com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, neste sábado. A iniciativa teria partido do lado norte-americano. As informações foram dadas pelo governo russo à agência de notícias holandesa BNO News.

Os dois líderes discutiram, em detalhes, sobre a situação extraordinária em curso na Ucrânia.

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Obama expressou profunda preocupação sobre a violação da Rússia da soberania da Ucrânia e de sua integridade territorial, o que seria uma violação do direito internacional, incluindo as obrigações da Rússia sob a Carta da ONU, e da incompatibilidade com o Memorando de Budapeste e o Ato Final de Helsínquia. Os Estados Unidos condenam a intervenção militar da Rússia em território ucraniano. 

Em resposta à preocupação manifestada por Barack Obama a respeito da aprovação do uso de forças armadas russas no território da Ucrânia, Vladimir Putin chamou a atenção para o que chamou de "provocação" e "atos criminosos" por parte dos ultra-nacionlistas da Ucrânia, o que, segundo ele, estaria sendo encorajado pelas autoridades de Kiev. Porém, Obama respondeu que, se a Rússia tem preocupações sobre o tratamento de populações étnicas russas e minoritárias na Ucrânia, a forma adequada de lidar seria pacificamente através do envolvimento direto com o governo da Ucrânia e do envio de observadores internacionais do Conselho de Segurança das Nações Unidas ou a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE). 

O presidente russo alertou para a existência de ameaças reais à vida e saúde dos cidadãos russos e compatriotas no território ucraniano. Vladimir Putin também ressaltou que no caso de uma nova escalada de violência em regiões da Ucrânia e Crimeia, a Rússia se reverva ao direito de proteger seus interesses e os de sua população.

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Fonte: Terra
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