O presidente Barack Obama afirmou nesta quarta-feira que a Rússia vai acabar entendendo que não alcançará seus objetivos recorrendo à "força bruta" na Ucrânia.
"Com o tempo, enquanto nos mantivermos unidos, o povo russo reconhecerá que não pode alcançar a segurança, a prosperidade e o status que aspira através da força bruta", afirmou Obama em um discurso no Museu de Belas Artes de Bruxelas.
Antes, Obama declarou que a Rússia está sozinha na crise da Ucrânia, ao realizar sua primeira visita nesta quarta-feira à sede da União Europeia, consolidando a oposição ocidental à anexação da Crimeia.
Resumindo um encontro de 90 minutos com funcionários do alto escalão da União Europeia, realizado durante um almoço, Obama declarou que "o mundo é mais seguro e mais justo quando a Europa e os Estados Unidos estão unidos".
"As ações da Rússia na Ucrânia não são apenas sobre um país. Elas são sobre o tipo de Europa e o tipo de mundo em que vivemos", afirmou em uma coletiva de imprensa.
"Queremos a Rússia incluída nos grandes assuntos internacionais, mas (eles) não têm direito de ditar o futuro da Ucrânia", disse Obama durante um discurso no Palácio de Belas Artes de Bruxelas (Bozar), com o qual conclui sua estadia na Bélgica.
O governante afirmou que o sistema internacional que protege os direitos das nações e dos cidadãos tem que ser aplicado e, por isso, a "violação da Rússia da lei internacional e o assalto à soberania e a integridade territorial devem ser condenados".
O líder dos EUA se dirigiu a uma plateia de cerca de 2 mil pessoas, muitas delas jovens, assim como a membros do governo belga, diplomatas e representantes da União Europeia (UE), cujas instituições Obama também visitou hoje pela primeira vez em seu governo.
No discurso, acompanhado de um camarote pelos reis Felipe e Matilde da Bélgica, Obama reiterou que no "século XXI as fronteiras da Europa não podem ser redesenhadas através da força" e que um país grande não pode "acossar os menores para conquistar seus objetivos".
Obama, que em 2009 ganhou o prêmio Nobel da Paz, baseou seu discurso no respeito dos ideais, dos direitos humanos, da liberdade e do Estado de direito.
O presidente afirmou que "a crise na Ucrânia refuta os ideais" defendidos durante anos por americanos e europeus.
Com informações da AFP e EFE.