O Papa Francisco disse neste domingo que faria uma viagem de um dia à capital bósnia de Sarajevo em junho, sua última visita a um país onde o islamismo é a religião dominante em meio à crescente perseguição dos cristãos no Oriente Médio.
Depois da oração semanal na Praça São Pedro, o Papa disse aos peregrinos que iria para Sarajevo em 6 de junho para incentivar "a reconciliação, a paz, o diálogo inter-religioso e a amizade".
Será a primeira viagem papal a Sarajevo em 18 anos. O Papa João Paulo II ignorou aparentes ameaças de morte para visitar a cidade devastada pela guerra, em 1997, quando ele pediu um maior diálogo entre bósnios muçulmanos, croatas católicos e ortodoxos sérvios.
O papa vai visitar um país que ainda está procurando a unidade necessária para enfrentar o elevado desemprego, a corrupção e a profunda polarização política. Esses males têm perseguido o país desde a guerra de 1992-95, o que levou a revoltas violentas contra o governo em todo o país em fevereiro do ano passado.
A viagem do Papa a Sarajevo segue visitas à Jordânia, aos territórios palestinos, à Albânia e à Turquia no ano passado, onde procurou fomentar a cooperação com o Islã moderado para proteger os cristãos que enfrentam crescente perseguição no Oriente Médio, especialmente no Iraque.
Em sua visita de setembro à Albânia, o pontífice saudou o país como um modelo de harmonia inter-fé graças às boas relações entre a sua comunidade de maioria muçulmana e suas denominações cristãs.