Papa não usará veículos à prova de balas no Oriente Médio

Pontífice viajará para a região de 24 a 26 de maio, passando pela Jordânia, Territórios Palestinos e Israel

15 mai 2014 - 13h20
(atualizado às 13h24)
<p>Papa Francisco acena ao público de seu papamóvel, na Praça São Pedro, no Vaticano, em 7 de maio</p>
Papa Francisco acena ao público de seu papamóvel, na Praça São Pedro, no Vaticano, em 7 de maio
Foto: Tony Gentile / Reuters

O papa Francisco dispensou o uso de veículos à prova de balas durante a viagem que fará ao Oriente Médio neste mês, insistindo em usar um carro normal e ter a possibilidade de ficar o mais próximo possível das pessoas, informou o Vaticano nesta quinta-feira.

Segundo informações do Vaticano, um rabino e um líder islâmico vão acompanhar o papa Francisco em sua viagem ao Oriente Médio, em uma demonstração da importância que ele atribui ao diálogo interreligioso.

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O pontífice vai visitar a Jordânia, os Territórios Palestinos e Israel durante a viagem de 24 a 26 maio, a sua primeira visita como papa à região.

"O papa quer um papamóvel aberto e um carro normal. A autoridade de segurança local levou o desejo do papa em consideração", disse o porta-voz, padre Federico Lombardi.

"Eu não acho que houve muita discussão sobre isso", disse ele, insinuando que as autoridades locais do setor de segurança haviam sugerido o uso de veículos à prova de balas, mas foram desautorizadas.

Antecessores do papa Francisco foram conduzidos em limusines à prova de balas em suas viagens em torno de Roma ou no exterior. Os chefes de Estado que visitam o Oriente Médio tendem a usar carros blindados.

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O papa Francisco usa um carro Ford Focus azul em Roma, e durante sua viagem ao Brasil, em julho passado, ele foi conduzido pelo Rio de Janeiro em um pequeno Fiat prata, a seu pedido.

Em algumas ocasiões durante a viagem no Brasil, a polícia não conseguiu controlar a multidão que cercou o carro. Lombardi disse que não espera cenas semelhantes no Oriente Médio porque os católicos são uma minoria lá.

Lombardi também disse que o Vaticano não estava muito preocupado com as ameaças aos cristãos escritas por supostos extremistas judeus em propriedades da Igreja na Terra Santa.

Na segunda-feira, a inscrição "Morte aos árabes e cristãos e todos os que odeiam Israel" foi pichada em hebraico, em uma coluna externa dos escritórios da Assembleia dos Bispos, no Centro Nossa Senhora, em Jerusalém Oriental.

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O papa Francisco deve se reunir com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, no Centro Nossa Senhora, situado fora das muralhas da Cidade Velha, no último dia de sua viagem.

O jornal israelense Haaretz informou que o serviço de segurança do país teme que os radicais judeus possam realizar um grande ataque contra a população cristã ou instituições para conseguir a atenção da mídia durante a peregrinação do Papa.

Mas Lombardi disse que não estava ciente de quaisquer preocupações específicas da segurança para qualquer parte da viagem.

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