Papa reza por refugiados e paz no Oriente Médio

Francisco realizou a tradicional benção "Urbi et Orbi"

25 dez 2014 - 12h48
Papa Francisco oferece a bênção "Urbi et Orbi" do balcão central da Basílica de São Pedro, no Vaticano, em 25 de dezembro
Papa Francisco oferece a bênção "Urbi et Orbi" do balcão central da Basílica de São Pedro, no Vaticano, em 25 de dezembro
Foto: Alessandra Tarantino / AP

Em uma praça São Pedro tomada por 80 mil fiéis, o papa Francisco realizou nesta quinta-feira (25), dia de Natal, a benção "Urbi et Orbi", durante a qual o Pontífice aborda os principais temas da atualidade.

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Da epidemia do vírus ebola na África Ocidental à crise na Ucrânia, Jorge Bergoglio comentou muitos dos problemas que preocupam o mundo nos dias de hoje, porém, como já vem fazendo há algum tempo, deu especial destaque às guerras no Iraque e na Síria.

"Jesus é a salvação para todas as pessoas e todos os povos. A ele, salvador do mundo, peço hoje que olhe os nossos irmãos e irmãs do Iraque e da Síria, que há tempos sofrem os efeitos dos conflitos em curso e, junto com outros grupos étnicos e religiosos, enfrentam uma brutal perseguição", declarou Francisco.

Os problemas nestes dois países têm sido presença frequente nos pronunciamentos do Papa, que na véspera de Natal já conversara com refugiados cristãos que vivem no campo iraquiano de Ankawa, os comparando a Jesus Cristo. Além disso, em mais de uma ocasião, ele pediu uma ação mais firme e coordenada da comunidade internacional para combater o avanço do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), embora tenha sempre mantido aberta a porta do diálogo.

"Que o Natal leve a eles esperança, como aos numerosos desabrigados, deslocados e refugiados - crianças, adultos e idosos - do mundo inteiro e transforme a indiferença em proximidade, a recusa em acolhimento, para que os que ainda enfrentam essa prova possam receber as ajudas humanitárias necessárias, retornar aos seus países e viver com dignidade", acrescentou.

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Indicando mais uma vez que o Oriente Médio é a sua principal fonte de preocupações, Bergoglio ainda pediu a Jesus por paz em toda a região, começando pela terra de seu nascimento, a cidade de Belém, na Cisjordânia. No último mês de junho, Francisco se envolveu pessoalmente no conflito entre Israel e Palestina ao receber Shimon Peres e Mahmoud Abbas no Vaticano.

África

O continente africano, assolado por guerras, epidemias e extremismos, também teve destaque na benção "Urbi et Orbi". Durante seu pronunciamento, o Papa pediu o fim dos conflitos na Nigéria - onde os radicais do Boko Haram ganham cada vez mais força -, na Líbia, no Sudão do Sul, na República Centro-Africana e na República Democrática do Congo. "Peço aos que têm responsabilidade política que se empenhem para superar as diferenças e construir uma duradoura convivência fraterna", disse.

Além disso, o Pontífice rezou por todos aqueles que sofrem com doenças, especialmente os afetados pelo vírus ebola na Libéria, em Serra Leoa e na Guiné. No entanto, apesar de abordar uma ampla lista de temas, Bergoglio não mencionou a reaproximação entre Cuba e Estados Unidos, acordo que o Vaticano ajudou a alcançar. 

Desvendando o Estado Islâmico

Foto: Arte Terra
Foto: Arte Terra

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Fonte: Ansa Brasil
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