O papa Francisco viajará a Argentina em 2016 por ocasião dos 200 anos de independência do país, informaram nesta quarta-feira os dirigentes do clube de futebol San Lorenzo, o time do coração do pontífice, ao fim de uma audiência no Vaticano.
"Ele contou que em 2016 vai a Argentina para os 200 anos da independência", afirmou Marcelo Tinelli, vice-presidente do clube, que apresentou ao papa a taça do título de campeão argentino conquistado pelo San Lorenzo no domingo.
O Papa argentino deverá participar também no congresso eucarístico que acontecerá em Tucumán (norte), cidade onde foi declarada formalmente a independência da Espanha em 9 de julho de 1816.
O Papa conversou por 35 minutos na Casa Santa Marta, onde mora, com a delegação do clube pouco antes da audiência pública de quarta-feira. A delegação o presenteou com as luvas usadas pelo goleiro da equipe na última partida do campeonato.
"Vou colocar tudo em um museu", afirmou Francisco aos jogadores, que devem retornar na sexta-feira a Argentina. "Foi a mão, a mão de Francisco, a mão de Deus, que permitiu nossa vitória", comentou Tinelli.
O pontífice presentou a delegação com a imagem da Virgem, que deve ser colocada no estádio, e recordou a infância, quando assistia em Buenos Aires as partidas do San Lorenzo, equipe fundada por religiosos.
Francisco, que tem grande popularidade no país, já havia advertido no avião que o transportou em julho do Brasil para a Itália que não poderia visitar seu país antes de 2016 pelos compromissos como chefe da Igreja Católica.
Telefonema para Bento XVI
Ontem, Francisco ligou para seu antecessor, o papa emérito Bento XVI, para desejar "Feliz Natal". Segundo o porta-voz do Vaticano, ambos pontífices tiveram uma conversa em que "trocaram saudações e expressaram seus bons desejos para o Natal".
Não é a primeira vez que o pontífice argentino se comunica por telefone com Joseph Ratzinger. Em 19 de março, Francisco ligou para Ratzinger para felicitá-lo por seu onomástico e para manifestar sua gratidão e a da Igreja por seu serviço, um mês após sua renúncia ao pontificado.
Desde a renúncia, em 11 de fevereiro, e após dois meses no palácio pontifício de Castel Gandolfo (sul de Roma), o papa Bento XVI vive no mosteiro "Mater Ecclesiae" nos Jardins do Vaticano, a poucos metros da Casa Santa Marta, onde mora o atual pontífice.