Pesquisa diz que 80% da Crimeia é a favor de união à Rússia

Na Crimeia, a população é dividida entre 60% de russos e 25% de ucranianos, além de uma minoria tártara pró-Europa de 12%

10 mar 2014 - 11h09
(atualizado às 11h12)
<p>Mulher segura placa com as frases "Crimeia é terra russa!" e "Não mudamos nossas pessoas por dinheiro!" durante protesto em Moscou no dia 7 de março</p>
Mulher segura placa com as frases "Crimeia é terra russa!" e "Não mudamos nossas pessoas por dinheiro!" durante protesto em Moscou no dia 7 de março
Foto: AFP

Mais de 80% dos crimeanos defendem a incorporação da república autônoma ucraniana à Federação da Rússia, revelou uma pesquisa citada nesta segunda-feira pelo presidente do Legislativo da Crimeia, Vladimir Konstantinov, a quem o governo de Kiev nega toda legitimidade. 

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"Mais de 80% dos habitantes da Crimeia desejam fazer parte da Rússia. Esses dados foram divulgados ontem em uma pesquisa realizada pela Focus-Grupp", disse Konstantinov a um grupo de jornalistas em Simferopol, a capital crimeana autônoma, segundo a agência russa Interfax. De acordo com o presidente do Legislativo, a participação da população no referendo do próximo domingo será "bastante alta".

Nesta consulta, os crimeanos terão que responder duas perguntas: "Está o senhor a favor da reunificação da Crimeia com a Rússia como sujeito da Federação Russa?" e "Está o senhor a favor que se volte a pôr em vigor a Constituição da Crimeia de 1992 e do status da Crimeia como parte da Ucrânia?".

O referendo da Crimeia foi declarado ilegal tanto pelo governo central da Ucrânia como por grande parte da comunidade internacional, incluindo Estados Unidos e União Europeia. Konstantinov assegurou que os moradores da Crimeia "devem se sentir tranquilos", já que as autoridades controlam totalmente a situação na Crimeia e não permitirão "nenhum tipo de provocação".

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Na Crimeia, península banhada pelo Mar Negro, a população é dividida entre 60% de russos e 25% de ucranianos, além de uma minoria tártara - a favor da Europa - de 12%.

O presidente do Legislativo autônomo indicou hoje que, independente dos resultados do referendo na Crimeia, o governo deverá impulsionar o desenvolvimento das três línguas faladas em seu território: o russo, o ucraniano e o tártaro crimeano. No entanto, segundo ele, "não haverá mais filmes em ucraniano", já que, em breve, eles serão retirados dos cinemas.

  
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