Polícia prende homem suspeito de envolvimento em atentado no metrô de Londres

Ao todo, 45 pessoas já foram interrogadas. O suspeito, de 18 anos, foi preso na cidade de Dover e será levado a Londres

16 set 2017 - 09h25
(atualizado às 11h13)
Policial e perito anti-bomba trabalhando em uma rua de Londres
Policial e perito anti-bomba trabalhando em uma rua de Londres
Foto: BBC News Brasil

Um homem de 18 anos de foi preso sob suspeita de envolvimento com o atentado a bomba ocorrido na sexta-feira (15), em um vagão de metrô no sudoeste da cidade. Pelo menos 30 pessoas ficaram feridas.

O suspeito foi detido na cidade de Dover neste sábado pela polícia local, e levado a um posto policial. Neil Basu, um oficial da polícia, disse que a prisão era "significativa", mas que o nível de ameaça permanece "crítico". A explosão ocorreu perto da estação Parsons Green.

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A maioria dos atingidos teve ferimentos leves e foi liberada, segundo o serviço de ambulâncias de Londres. Mas três pessoas continuam hospitalizadas.

Até agora, a polícia já interrogou 45 pessoas e recebeu 77 fotos e vídeos feitos pelas pessoas que estavam no local.

A secretária britânica do Interior, Amber Rudd, reunirá o comitê de emergência do governo ainda hoje. O nível de ameaça foi elevado a "crítico" ainda na sexta-feira. É o nível mais alto de risco, e indica que um novo atentado pode ocorrer a qualquer momento.

Basu diz que o público deve permanecer alerta. A polícia manterá os procedimentos de segurança e vai reforçar o contingente de homens armados.

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"Para não atrapalhar as investigações, não podemos fornecer mais detalhes sobre o suspeito que foi preso", disse Basu. Ele disse que a polícia vai intensificar o trabalho de investigação.

O suspeito será transferido de Kent para uma instalação da polícia no sul de Londres.

O grupo extremista autointitulado Estado Islâmico se declarou responsável pelo atentado ontem. A explosão ocorreu às 8h20 da manhã da última sexta-feira, no horário local (4h20 da manhã, horário de Brasília).

Acredita-se que a bomba tenha sido acionada por um timer. Mas o correspondente de segurança da BBC, Frank Gardner, disse que o dispositivo parece não ter explodido como planejado.

Se a explosão tivesse ocorrido como desejado pelos autores, todos em volta do dispositivo teriam sido mortos. E todos os passageiros do vagão teriam sido mutilados, segundo Gardner.

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Mark Rowley, o terceiro na hierarquia da Polícia Metropolitana de Londres, disse que é "rotina" para o Estado Islâmico declarar-se responsável pelos ataques, mesmo quando o grupo não tem qualquer ligação com o autor.

Dois policiais em frente à porta da estação de metrô Parsons Green
Foto: BBC News Brasil

Análise: uma mudança crítica

Por Frank Gardner, correspondente de segurança da BBC

Esta é a quarta vez que o nível de ameaça no Reino Unido foi elevado a "crítico" desde que o sistema se tornou público, em 2006.

A última vez que isto ocorreu foi em maio deste ano, depois do atentado a bomba na Manchester Arena. À época, acreditou-se erroneamente que o autor ainda estava solto e poderia atacar novamente.

No caso da estação Parsons Green, é surpreendente que o governo tenha demorado tanto (12 horas) para elevar o ritmo para "crítico", seguindo a recomendação do Centro Conjunto de Observação do Terrorismo (Joint Terrorism Analysis Centre). Era óbvio que o autor não estava morto e nem tinha sido pego.

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Todas as vezes que o nível de alerta chega a "crítico", só permane

Londres: explosão de bomba caseira em metrô deixa 22 feridos
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ce assim por três ou quatro dias - em parte, isto ocorre pelo fato de que o nível "crítico" impõe um ritmo insustentável de trabalho para a polícia e as forças de inteligência e segurança.

Patrulhas extras são montadas nas ruas de Londres; a vigilância à paisana aumenta e tropas são empregadas de modo a liberar os policiais para a tarefa principal: capturar o responsável pelo atentado antes que ele implante outra bomba.

Mas o fato do ataque de ontem ter ocorrido sem qualquer alerta mostra que este sistema - de níveis de alerta - é apenas um guia geral. Reflete tão somente a última avaliação disponível.

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