Política da Rússia na Ucrânia 'sairá caro', diz EUA

25 abr 2014 - 00h20
(atualizado às 02h09)

O secretário de Estado americano, John Kerry, lançou uma dura advertência nesta quinta-feira ao governo da Rússia, acusando-o de ignorar os acordos de Genebra firmados na semana passada para pôr fim ao conflito na Ucrânia. "Durante sete dias, a Rússia se negou a avançar o mínimo na direção correta. Nenhuma autoridade russa deu qualquer declaração na televisão da Ucrânia, pedindo aos separatistas que apoiem a trégua, abandonem as armas e saiam dos prédios públicos ucranianos", disse Kerry, em uma inesperada entrevista coletiva.

O secretário de Estado acusou o governo de Moscou de sabotar a democracia ucraniana. "Serei muito claro: se a Rússia continuar nessa direção não será apenas um grave erro, será um erro que lhe custará caro", acrescentou para, em seguida, advertir que Washington "está pronto para agir".

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Kerry não descartou novas sanções econômicas contra a Rússia e destacou que as medidas adotadas anteriormente pelos Estados Unidos e por seus aliados provocaram a desconfiança dos investidores. Essa percepção se traduziu, segundo ele, na fuga de US$ 70 bilhões em capital.

Depois de acusar Moscou de continuar instigando operações militares no leste da Ucrânia, Kerry baixou o tom e disse que "se a Rússia decidir ir para uma redução das tensões, a comunidade internacional, todos nós, vamos lhe dar as boas-vindas".

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