Premiê britânico discutirá acusações de pedofilia no governo

Mais de cem documentos sobre supostos abusos sexuais cometidos por vários deputados nas décadas de 1970 e 1980 desapareceram

7 jul 2014 - 11h21
<p>David Cameron se comprometeu a esclarecer as acusações de pedofilia a políticos britânicos e o desaparecimento de documentos incriminando parlamentares</p>
David Cameron se comprometeu a esclarecer as acusações de pedofilia a políticos britânicos e o desaparecimento de documentos incriminando parlamentares
Foto: Yves Logghe / AP

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, prometeu nesta segunda-feira esclarecer as acusações de pedofilia a políticos e o desaparecimento de documentos incriminando vários parlamentares.

"Estou decidido a estabelecer a verdade após as acusações de abusos sexuais e aprender as lições de casos recentes", escreveu Cameron no Twitter.

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Nesta segunda-feira, a ministra do Interior, Theresa May, explicará no Parlamento o que está fazendo para esclarecer o desaparecimento de 114 documentos sobre supostos abusos sexuais cometidos por vários deputados nas décadas de 1970 e 1980.

Uma campanha pública exigindo uma investigação nacional independente lançada no domingo já reuniu 50.000 assinaturas.

"Temos que saber a verdade", declarou nesta segunda-feira o ministro das Finanças e figura do gabinete conservador, George Osborne.

"Temos que chegar até o fim para saber o que ocorreu em muitas de nossas instituições, inclusive no Parlamento".

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Ao falar de casos recentes, Cameron parece se referir ao de Jimmy Savile, o famoso apresentador da BBC, já falecido, que passeou tranquilamente como um predador por hospitais infantis abusando de centenas de meninos e meninas.

Em linha com este caso, a polícia realizou a Operação Ywetree, uma investigação sobre abusos infantis cometidos por personalidades conhecidas do entretenimento e da televisão que levou à condenação do astro televisivo Rolf Harris nesta semana e do publicitário Max Clifford em maio.

O ministério do Interior afirmou no domingo que os 114 arquivos que incriminam políticos foram "supostamente destruídos, perdidos ou não foram encontrados".

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