Presidente italiano testemunha em megajulgamento sobre máfia

Negociações secretas começaram depois do assassinato do deputado Salvo Lima em 1992

28 out 2014 - 11h35
<p>Presidente italiano Giorgio Napolitano testemunha a portas fechadas em um processo histórico sobre a máfia italiana</p>
Presidente italiano Giorgio Napolitano testemunha a portas fechadas em um processo histórico sobre a máfia italiana
Foto: Vincent Kessler / Reuters

O presidente italiano Giorgio Napolitano testemunha nesta terça-feira a portas fechadas em um processo histórico sobre supostas negociações secretas no início dos anos 1990 entre o Estado e a máfia siciliana.

O processo foi aberto em maio de 2013 em Palermo (Sicília) para esclarecer as negociações entre dirigentes governamentais para acabar com uma onda de atentados em troca de melhores condições de prisão para centenas de mafiosos.

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Segundo a acusação, essas negociações secretas começaram depois do assassinato do deputado Salvo Lima em 1992 e se intensificaram com os assassinados dos juízes antimáfia Giovanni Falcone e Paolo Borsellino nos meses seguintes.

Dez pessoas, entre elas o ministro do Interior na época, Nicola Mancino, assim como o chefe mafioso preso Toto Riina, se sentarão no banco dos réus.

Napolitano, de 89 anos e muito respeitado na Itália, era, na época, presidente da Câmara dos Deputados.

Segundo a imprensa local, é a primeira vez que um presidente em exercício testemunha em um processo.

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