A próxima edição da revista satírica francesa Charlie Hebdo, alvo de um atentado terrorista que deixou 12 mortos, não deve sair antes da primeira metade de fevereiro, segundo o diário Libération.
O último número do semanário foi publicado no dia 14 de janeiro, quarta-feira seguinte ao ataque, e trazia uma charge do profeta Maomé na capa. Até o momento, a edição teve uma tiragem de 7 milhões de exemplares, sendo 6,3 milhões na França e 700 mil no exterior.
Para esta semana, estão previstas outras 300 mil cópias suplementares. No Brasil, a revista chegou nesta quinta-feira (29), após atrasos devido a problemas logísticos. Segundo o advogado do Charlie, Christophe Thévenet, a equipe do satírico precisa de tempo para fazer o próximo número.
No momento, os funcionários estão debruçados sobre questões ligadas ao futuro do semanário, começando por quanto tempo eles continuarão a trabalhar na redação do Libération, que os abrigou após o atentado.
Contudo, os jornalistas do Charlie Hebdo garantem que ele continuará existindo, apesar das dificuldades.