Putin critica EUA e diz que trabalhará com líder da Ucrânia
“Não estamos planejando nenhum autoisolamento”, disse Putin, propondo diálogo e cooperação para mostrar que a Rússia está aberta a negócios e, talvez, evitar novas sanções
O presidente russo, Vladimir Putin, pareceu hastear uma bandeira branca nesta sexta-feira ao indicar que irá trabalhar com quem quer que seja eleito como novo presidente da Ucrânia e pedir melhores relações com o Ocidente.
Ao mesmo tempo, criticou ferozmente a política externa e econômica dos Estados Unidos.
Em um discurso a empresários russos e estrangeiros num evento em resposta ao Fórum Mundial Econômico de Davos, realizado na elegante ex-capital imperial russa São Petersburgo, Putin reconheceu que as sanções dos EUA e da União Europeia estão prejudicando a economia de seu país.
“Não estamos planejando nenhum autoisolamento”, disse Putin, propondo diálogo e cooperação para mostrar que a Rússia está aberta a negócios e, talvez, evitar novas sanções.
“Esperamos que o bom senso... induza nossos parceiros europeus e norte-americanos a trabalhar com a Rússia”.
Indagado se a Rússia irá reconhecer a legitimidade da eleição presidencial ucraniana de domingo, ele também soou conciliador, dizendo: “Trataremos a escolha do povo ucraniano com respeito”.
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Foi um sinal de boa vontade depois de semanas criticando a votação, o que levou ao temor de que a Rússia não reconhecesse o novo líder. Putin acrescentou que “depois da eleição iremos trabalhar com a estrutura recém-eleita”.
Mas, descrevendo a situação na Ucrânia como uma guerra civil, ele apimentou sua fala com críticas aos Estados Unidos, acusando o país de instigar um golpe de Estado na ex-república soviética, agravar os problemas econômicas globais e insinuando que os EUA querem atrair Kiev para o âmbito da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), ex-inimigo russo na Guerra Fria.
“O mundo mudou”, afirmou Putin. “A visão unipolar do mundo... fracassou”.
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Idosa se "aconchega" no corpo de um paramilitar pró-Rússia na praça Lenin, em Donetsk
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Vitali Klitschko (esquerda), candidato de Kiev, vota ao lado da mulher e do irmão boxeador
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Dezenas de separatistas pró-russos armados se concentraram próximos a casa fortificada do homem mais rico da Ucrânia, Rinat Akhmetov, na cidade oriental de Donetsk
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Os rebeldes, denunciados por Akhmetov, impediram a votação em Donetsk
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Akhmetov, de 47 anos e que também é dono do clube de futebol Shakhtar Donetsk, estava na capital Kiev
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A candidata Yulia Tymoshenko votou neste domingo nas eleições realizadas na Ucrânia
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Petro Poroshenko demonstrou confiança em vencer as eleições já no 1º turno
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Ucraniano se prepara para votar em colégio eleitoral de Kiev
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Um ativista pró-russo mascarado retirou, no dia 23 de maio, uma urna de uma zona eleitoral em Donetsk. Tensões no leste ucraniano dificultam a organização de uma eleição presidencial na região
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Empresário, o candidato Petro Poroshenko lidera a corrida eleitoral pela Presidência do país. Nas últimas pesquisas de intenções de voto, o político alcançou 54,7% da opinião dos eleitores
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Em segundo lugar nas pesquisas, a candidata Yulia Timoshenko participou de um comício em Priluki, no dia 22 de maio. As eleições presidenciais ucranianas estão marcadas para o próximo domingo, dia 25
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Ex-primeira-ministra assumiu uma posição bastante radical e é considerada a candidata mais pró-europeia entre todos os presidenciáveis
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Conhecido como o "rei do chocolate", devido a sua grande empresa de doces e confeitaria, Poroshenko deve ser o próximo presidente ucraniano
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Pragmático e com experiência em ambos os lados do governo, o magnata deve conseguir conquistar votos tanto de pró-russos como de pró-europeus, nessas eleições presidenciais
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Membros de um comitê regional preparam zona eleitoral em Donetsk para a próxima eleições presidencial, marcada para o dia 25 de maio, na Ucrânia. Apesar de o presidente russo Vladimir Putin ter dado sinal verde para as eleições, as regiões pró-russas Donetsk e Lugansk podem criar obstáculos para a realização do pleito
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Atrito em relação às eleições presidenciais na Ucrânia existem em Donetsk Lugansk. Juntas, as regiões abrigam cerca de 7 milhões de ucranianos, o que representa cerca de 15% da população do país
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Em uma zona eleitoral em Donetsk, uma parede é coberta por fichas de alguns dos candidatos presidenciáveis
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Zona eleitoral em Donetsk é preparada para as eleições presidenciais da Ucrânia. Região é declarada um "estado independente" e muitos são contra a relização do pleito na cidade
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Retomando repetidas vezes a retórica anti-EUA que se tornou marca registrada de seu terceiro mandato presidencial desde maio de 2012, o líder pareceu tentar criar uma divergência entre os EUA e a Europa elogiando as empresas europeias por serem mais pragmáticas em sua reação mais branda à anexação russa da Crimeia.
À medida que os laços com o Ocidente azedam, a Rússia vem nutrindo relações com a Ásia, e assinou um acordo de fornecimento de gás de 30 anos e 400 bilhões de dólares com a China nesta semana, quando Putin visitou Xangai e se encontrou com o presidente chinês, Xi Jinping.
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A Rússia está entrando em recessão, e a fuga de capitais acelerou neste ano. Washington e Bruxelas, que já impuseram congelamento de bens e proibições de viagens a indivíduos russos, ameaçam sanções mais severas se Moscou interferir com a votação na Ucrânia.
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