Putin diz que Rússia retirou tropas da fronteira com Ucrânia

O presidente russo também pediu aos separatistas que adiem do referendo de 11/5 para declarar independência de Donetsk

7 mai 2014 - 12h13
(atualizado às 14h26)
<p>Presidente russo, Vladimir Putin participa de uma coletiva de imprensa após uma reunião com o presidente suíço e ministro das Relações Exteriores, Didier Burkhalter, no Kremlin, em Moscou, em 7 de maio</p>
Presidente russo, Vladimir Putin participa de uma coletiva de imprensa após uma reunião com o presidente suíço e ministro das Relações Exteriores, Didier Burkhalter, no Kremlin, em Moscou, em 7 de maio
Foto: Reuters

O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou nesta quarta-feira que Moscou retirou as tropas da fronteira com a Ucrânia, que a Otan calculou no fim de abril em 40.000 militares.

"Nos disseram constantemente que a mobilização de nossas tropas na fronteira com a Ucrânia preocupava. Nós as retiramos. Atualmente não estão mais na fronteira com a Ucrânia, e sim onde realizam seus exercícios habituais, nos campos de treinamento", disse o presidente russo.

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Putin quer adiamento do referendo em Donetsk

O presidente russo, Vladimir Putin, pediu nesta quarta-feira aos separatistas pró-Moscou da Ucrânia que adiem o referendo previsto para 11 de maio sobre a "declaração de independência" da república autoproclamada de Donetsk.

"Pedimos aos representantes do sudeste da Ucrânia que adiem o referendo previsto para 11 de maio para criar as condições de diálogo necessárias", afirmou Putin durante uma entrevista coletiva na saída de seu encontro com o presidente da OSCE, Didier Burkhalter.

Segundo o chefe de Estado russo, a reunião com o presidente da OSCE permitiu mostrar que seus "enfoques sobre como resolver a crise são muito parecidos".

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"Consideramos que o diálogo direto entre as autoridades de Kiev e os representantes do sudeste da Ucrânia é um elemento chave para alcançar um compromisso", disse Putin.

Sobre a eleição presidencial antecipada na Ucrânia para 25 de maio, que Moscou havia considerado "absurda" enquanto prosseguem os confrontos, o presidente russo flexibilizou a postura.

"Gostaria de insistir que a eleição presidencial prevista em Kiev, apesar de ser um passo na direção correta, não decide nada se todos os cidadãos da Ucrânia não entenderem como serão protegidos os seus direitos depois da celebração das eleições", disse Putin.

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