Putin exalta política independente russa ao falar sobre caso Snowden

17 jul 2013 - 03h49
(atualizado às 03h51)

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou nesta quarta-feira que seu país possui uma política externa independente, uma clara resposta aos que acreditam que seu governo extraditará o ex-técnico da CIA Edward Snowden para manter suas relações com os Estados Unidos.

"Temos nossas tarefas para desenvolver as relações russo-americanas. Não vamos nos comportar como outros países se comportam. Somos um país independente e temos uma política externa independente", ressaltou o chefe do Kremlin durante uma visita à região de Chita, a Sibéria Oriental.

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No entanto, Putin também fez questão de fazer uma alerta ao ex-técnico da CIA: "Advertimos Snowden que para nós é inaceitável qualquer atividade que prejudique as relações russo-americanas", afirmou o líder, que ressaltou que as "relações entre os estados são muito mais importantes que as sujas intrigas entre serviços secretos".

Snowden, responsável pela revelação de um esquema de espionagem em massa pelos serviços secretos americanos, solicitou ontem asilo temporário às autoridades da Rússia.

Perguntado sobre o limite que separa a defesa dos direitos humanos das atividades contra os Estados Unidos, o presidente russo respondeu que não entraria em "detalhes".

"O trabalho a favor dos direitos humanos sempre tem um custo, mas, quando se realiza sob a égide e com o apoio financeiro dos Estados Unidos, é uma atividade bastante confortável" declarou Putin.

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"Quando se critica os Estados Unidos é mais difícil, como demonstra o fato ocorrido com o avião do presidente da Bolívia (Evo Morales)", completou Putin ao relembrar o episódio em que Morales ficou retido durante várias horas em Viena devido à suspeita de que Snowden estaria em seu avião.

  
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