Putin pede fim imediato da ação do Exército de Kiev no leste

Presidente russo também disse que o diálogo entre Kiev e os representantes das regiões iria ajudar nos esforços para resolver a crise

27 mai 2014 - 08h44
(atualizado às 08h58)
<p>Presidente da Rússia, Vladimir Putin, participa de uma reunião na cidade de Ivanovo, a leste de Moscou, em 26 de maio</p>
Presidente da Rússia, Vladimir Putin, participa de uma reunião na cidade de Ivanovo, a leste de Moscou, em 26 de maio
Foto: Reuters

O presidente russo, Vladimir Putin, pediu nesta terça-feira "o fim imediato da operação de punição do exército" ucraniano no leste do país, onde os combates entre forças ucranianas e insurgentes pró-russos pelo controle do aeroporto de Donetsk deixaram ao menos 40 mortos.

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Em uma conversa telefônica com o chefe de Governo italiano, Matteo Renzi, Vladimir Putin "ressaltou a necessidade de deter imediatamente a operação de punição do exército nas regiões do sudeste e instaurar um diálogo pacífico entre Kiev e os representantes das regiões" ucranianas, declarou o Kremlin em um comunicado.

Pouco antes, o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, também havia pedido o fim imediato da violência na Ucrânia.

"A tarefa número um e o teste de solidez das autoridades de Kiev, visto o resultado das eleições presidenciais, é o fim imediato do uso do exército contra a população e o fim da violência de todas as partes envolvidas", declarou durante uma coletiva de imprensa.

O exército ucraniano lançou um ataque na segunda-feira contra o aeroporto de Donetsk, no leste, que havia sido tomado na véspera por insurgentes armados pró-russos.

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Lavrov declarou, por sua vez, que a Rússia não cogita no momento uma visita do novo presidente ucraniano pró-ocidental Petro Poroshenko, eleito no domingo.

"O tema de uma visita à Rússia de Poroshenko não se cogita, não se discute, nem pelos canais diplomáticos, nem por nenhum outro canal", disse.

Acrescentou, no entanto, que a Rússia o apoiará se constatar que atua no interesse de todos os ucranianos.

"Se for o caso, encontrará em nós um sócio sério e confiável", disse Lavrov, condenando o fato de que após sua vitória Poroshenko anunciou o prosseguimento da operação militar no leste da Ucrânia.

Entenda a crise na Ucrânia

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