Putin quer indústria de defesa da Rússia autossuficiente

Comunicado vem depois das sanções ocidentais impostas a Moscou devido à crise na Ucrânia

14 mai 2014 - 14h09
(atualizado às 14h13)
O presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta quarta-feira que a indústria de defesa da Rússia vai deixar de depender de componentes estrangeiros
O presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta quarta-feira que a indústria de defesa da Rússia vai deixar de depender de componentes estrangeiros
Foto: AFP

O presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta quarta-feira que a indústria de defesa da Rússia vai deixar de depender de componentes estrangeiros e tornar-se autossuficiente.

O comunicado vem depois das sanções ocidentais impostas a Moscou devido à crise na Ucrânia.

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"Precisamos fazer o possível para que qualquer coisa usada em nosso setor de defesa seja produzida em nosso território, de modo que não sejamos dependentes de ninguém", disse Putin em reunião de autoridades de defesa em sua residência no mar Negro.

"Tenho certeza que a nossa indústria de defesa será beneficiada com isso, e é preciso ajustar os nossos centros científicos para isso", disse.

Washington ameaçou restringir a exportação de itens de alta tecnologia para a Rússia como parte das sanções, além da proibição de vistos e congelamento de bens de cidadãos russos que já estão em vigor.

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Putin disse anteriormente que a substituição dos componentes utilizados na indústria da Defesa exigiria financiamento e que levaria até 2 anos e meio para utilizar apenas produtos de fabricação inteiramente nacional.

A Rússia é o segundo maior exportador de armas do mundo e sua indústria de defesa tem laços estreitos com a Ucrânia.

Os contatos entre as duas ex-repúblicas soviéticas foram afetados pela anexação da Crimeia pela Rússia e por acusações de países ocidentais de que governo russo está orquestrando os separatistas pró-Rússia, no leste do país, perto da fronteira com a Rússia. Moscou nega as acusações.

A crise levou ao pior impasse Leste-Oeste desde a Guerra Fria, com Washington e Bruxelas ameaçando novas sanções se Rússia tentar interferir em uma eleição presidencial na Ucrânia marcada para 25 de maio.

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