Queda do voo MH17 afeta conflito no leste ucraniano? Entenda

Tudo dependerá agora da obtenção de dados precisos e que possam ser checados sobre os últimos momentos do avião para saber o que o fez cair

17 jul 2014 - 17h01
(atualizado às 17h02)
Separatistas armados pró-Rússia em local da queda de avião da Malaysia Airlines na Ucrânia. 17/07/2014
Separatistas armados pró-Rússia em local da queda de avião da Malaysia Airlines na Ucrânia. 17/07/2014
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters

É muito incomum que uma catástrofe ocorra com um avião de passageiros em pleno ar.

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Para que a aeronave caia, é preciso que algo exploda ou, como parece ser cada vez mais o caso, que ela seja derrubada a partir do ar ou do solo.

As autoridades ucranianas não parecem ter dúvidas do que ocorreu.

Um conselheiro do ministério do Interior ucraniano, Anton Herashchenko, diz que o avião estava a uma altitude de 10 mil metros e foi derrubado por um lança-mísseis russo Buk.

É um equipamento de médio alcance feito para ser disparado em terra na defesa contra aeronaves de alta performance e mísseis.

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Debate

Tudo dependerá agora da obtenção de dados precisos e que possam ser checados sobre os últimos momentos do avião para saber o que o fez cair.

Se for confirmado que o Boeing 777 foi derrubado por separatistas - com armas fornecidas por Moscou -, isso pode mudar significativamente o debate que vem sendo travado em torno da crise na Ucrânia.

Nos últimos dias, houve um temor crescente entre governos ocidentais de que a Rússia estava aumentando seu apoio militar a separatistas no leste da Ucrânia.

Um porta-voz da Otan disse separatistas vêm, cada vez mais, transportando equipamentos militares pesados dos estoque russos para o outro lado da fronteira.

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Sanções

Em resposta, os Estados Unidos ampliaram suas sanções econômicas à Rússia e ameaçaram torná-las ainda mais severas - um passo que ainda não foi dado pela União Europeia.

Mas, se a Rússia tiver algum dedo nesta tragédia, a pressão por sanções mais duras crescerá, especialmente do lado europeu.

Também levará a uma nova tentativa de resolver a crise diplomaticamente.

Claramente, Moscou não quer que os separatistas sejam ignorados. Mas, ao mesmo tempo, o presidente russo, Vladimir Putin, não parece ter um plano claro de onde quer chegar.

Para presidente ucraniano, pró-russos podem ter abatido avião
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Foto: Arte Terra

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