Referendo sobre casamento gay fracassa na Eslováquia

Conservadores do país dizem estar decepcionados com "políticas excessivamente liberais"

8 fev 2015 - 14h23
(atualizado às 14h41)
Referendo sobre casamento gay fracassa na Espanha
Referendo sobre casamento gay fracassa na Espanha
Foto: Twitter

Devido à baixa participação eleitoral, referendo sobre casamento de pessoas do mesmo sexo é anulado na Eslováquia. Conservadores dizem estar decepcionados com "políticas excessivamente liberais".

O Departamento Nacional de Estatísticas da Eslováquia anunciou neste domingo que não foi alcançada a participação mínima para que o referendo sobre casamento e adoção por pessoas do mesmo sexo, realizado no sábado, tivesse força legal. Dada a participação eleitoral inferior a 22%, o referendo foi anulado.

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Para que o resultado do referendo fosse considerado válido, era necessária uma participação eleitoral de ao menos 50%, ou seja, por volta de 2 milhões de cidadãos eslovacos.

Antes da votação de sábado, ativistas de direitos gays e vários meios de comunicação haviam instado o eleitorado do país a boicotar o referendo – uma tática simples que provou ser um sucesso.

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A Aliança para a Família (AZR), iniciadora da votação, lançou o referendo argumentando que o "Parlamento Europeu e alguns países-membros da União Europeia aprovaram leis que prejudicam a natureza única do casamento, das famílias e dos direitos das crianças."

Ainda que tenha sido invalidado, o referendo mostrou que 95% dos que votaram disseram ser contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, 92% se opõem à adoção e 90% dizem que os filhos não devem receber aulas de educação sexual se os pais não estiverem de acordo.

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Apesar do referendo não ter efeito, tanto os iniciadores quanto à comunidade LGBT do país valorizaram a realização da votação popular. "As pessoas disseram 'sim' à família", afirmou Anton Chromik, representante da Aliança para a Família.

Já Martin Macko, da organização LGBT Inakosti, afirmou que o referendo permitiu que o assunto e os direitos de homossexuais, lésbicas e transexuais chegassem à opinião pública.

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