'Rei do Chocolate' reivindica presidência da Ucrânia
Após pesquisas de boca de urna, que indicam que o candidato teve maioria absoluta dos votos, Poroshenko disse que vai insistir no respeito à "soberania e integridade territorial" do país
O bilionário Petro Poroshenko reivindicou a presidência da Ucrânia neste domingo após pesquisas de boca de urna darem a ele a maioria absoluta dos votos no primeiro turno e, assegurando o fim do conflito com rebeldes pró-russos, prometeu alinhar o país com a Europa.
Pesquisas de boca de urna deram a Poroshenko, um magnata da confeitaria com longa experiência no governo, mais de 55% dos votos, bem a frente da ex-primeira ministra Yulia Tymoshenko no segundo lugar com 12%. Se os resultados forem confirmados na segunda-feira, não haverá necessidade para um segundo turno em junho.
Ucranianos, cansados de seis meses de turbulência política, esperam que seu novo presidente seja capaz de levar o país de 45 milhões de habitantes longe da beira da falência, desmembramento e guerra civil que impediu a votação em partes do leste do país de língua russa.
"Todas as pesquisas mostram que a eleição foi concluída no primeiro turno e o país tem um novo presidente", disse o bilionário de 48 anos em coletiva de imprensa. Seus negócios deram a ele uma fortuna de mais de 1 bilhão de dólares e o apelido de "Rei do Chocolate".
Em sua sede de campanha, ele disse a apoiadores que a maioria dos ucranianos lhe tinha dado um mandato para continuar um curso de integração com o resto da Europa, mas disse que sua primeira prioridade era viajar para o leste do país para acabar com a "guerra e caos" causado por rebeldes separatistas pró-russos.
Ele disse que estava pronto para negociar com os adversários e oferecer anistia para aqueles que entregarem armas, mas descartou qualquer negociação com assassinos e "terroristas".
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Idosa se "aconchega" no corpo de um paramilitar pró-Rússia na praça Lenin, em Donetsk
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Vitali Klitschko (esquerda), candidato de Kiev, vota ao lado da mulher e do irmão boxeador
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Dezenas de separatistas pró-russos armados se concentraram próximos a casa fortificada do homem mais rico da Ucrânia, Rinat Akhmetov, na cidade oriental de Donetsk
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Os rebeldes, denunciados por Akhmetov, impediram a votação em Donetsk
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Akhmetov, de 47 anos e que também é dono do clube de futebol Shakhtar Donetsk, estava na capital Kiev
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A candidata Yulia Tymoshenko votou neste domingo nas eleições realizadas na Ucrânia
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Petro Poroshenko demonstrou confiança em vencer as eleições já no 1º turno
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Ucraniano se prepara para votar em colégio eleitoral de Kiev
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Um ativista pró-russo mascarado retirou, no dia 23 de maio, uma urna de uma zona eleitoral em Donetsk. Tensões no leste ucraniano dificultam a organização de uma eleição presidencial na região
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Empresário, o candidato Petro Poroshenko lidera a corrida eleitoral pela Presidência do país. Nas últimas pesquisas de intenções de voto, o político alcançou 54,7% da opinião dos eleitores
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Em segundo lugar nas pesquisas, a candidata Yulia Timoshenko participou de um comício em Priluki, no dia 22 de maio. As eleições presidenciais ucranianas estão marcadas para o próximo domingo, dia 25
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Ex-primeira-ministra assumiu uma posição bastante radical e é considerada a candidata mais pró-europeia entre todos os presidenciáveis
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Conhecido como o "rei do chocolate", devido a sua grande empresa de doces e confeitaria, Poroshenko deve ser o próximo presidente ucraniano
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Pragmático e com experiência em ambos os lados do governo, o magnata deve conseguir conquistar votos tanto de pró-russos como de pró-europeus, nessas eleições presidenciais
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Membros de um comitê regional preparam zona eleitoral em Donetsk para a próxima eleições presidencial, marcada para o dia 25 de maio, na Ucrânia. Apesar de o presidente russo Vladimir Putin ter dado sinal verde para as eleições, as regiões pró-russas Donetsk e Lugansk podem criar obstáculos para a realização do pleito
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Atrito em relação às eleições presidenciais na Ucrânia existem em Donetsk Lugansk. Juntas, as regiões abrigam cerca de 7 milhões de ucranianos, o que representa cerca de 15% da população do país
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Em uma zona eleitoral em Donetsk, uma parede é coberta por fichas de alguns dos candidatos presidenciáveis
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Zona eleitoral em Donetsk é preparada para as eleições presidenciais da Ucrânia. Região é declarada um "estado independente" e muitos são contra a relização do pleito na cidade
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Separatistas pró-russos impediram pessoas de votar em grande parte de Donbass, coração industrial da Ucrânia, tornando a principal cidade Donetsk em uma cidade fantasma, depois de dias de violência na região do entorno em que pelo menos 20 pessoas foram mortas.
Perguntado por um jornalista estrangeiro sobre as relações com a Rússia, Poroshenko, falando em inglês fluente, disse que vai insistir no respeito à "soberania e integridade territorial" da Ucrânia. Ele também disse que a Ucrânia nunca reconhecerá a "ocupação da Crimeia" pela Rússia, a região do Mar Negro tomada por Moscou em março.
Mas Poroshenko terá que tentar encontrar um terreno comum com o vizinho do norte da Ucrânia, que fornece a maior parte de seu gás natural e é o principal mercado para as suas exportações. Mais tarde ele foi citado dizendo que "certamente" encontraria Putin já que o envolvimento russo é essencial para a estabilidade.
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