Representante do presidente descarta eleições antecipadas na Ucrânia

Após ter dito em um canal de TV que Yanukovich estaria disposto a convocar eleições, seu representante ,Yuri Miroshnichenko, voltou atrás

4 fev 2014 - 09h09
(atualizado às 09h11)

O representante do presidente Viktor Yanukovich no Parlamento da Ucrânia descartou nesta terça-feira que as autoridades estejam pensando em convocar eleições parlamentares antecipadas.

Poucas horas depois de ter garantido a um canal de televisão ucraniano que Yanukovich estaria disposto a convocar eleições no caso de não acontecer um acordo para superar a crise política, o representante Yuri Miroshnichenko voltou atrás.

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"Não estamos discutindo esta questão na atualidade. Aprovamos a lei (de anistia) e deixamos para trás (a questão das eleições)", disse o também deputado do Partido das Regiões, governista, à agência russa "Interfax Ukraini".

O deputado detalhou que a convocação de eleições antecipadas foi cogitada "quando estávamos preparando os projetos de lei (de anistia)".

Ontem à noite, Miroshnichenko garantiu que o presidente tinha dito: "se nós políticos não somos capazes de chegar a um acordo, de alcançar um compromisso e cumpri-lo, a única forma democrática de resolver a situação é realizar eleições antecipadas".

Miroshnichenko afirmou que essas foram as palavras de Yanukovich na reunião que manteve no final da semana passada com os membros do grupo parlamentar do Partido das Regiões, a formação política do governo.

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"E ele (Yanukovich) disse: 'os senhores irão a eleições antecipadas e eu também", disse Miroshnichenko, citando o chefe de Estado.

Os protestos da oposição começaram em Kiev há dois meses e meio depois que Yanukovich adiou a assinatura do Acordo de Associação com a União Europeia, prevista para o final de novembro do ano passado.

Por causa das crescentes manifestações no centro de Kiev, favoráveis ao acordo com a UE, a maioria parlamentar governista aprovou no último dia 16 uma série de leis para restringir o direito de reunião e outras liberdades civis.

Três dias depois, ocorreram confrontos violentos entre manifestantes e policiais antidistúrbios na capital, que causaram vários mortos - seis, segundo a oposição; três, de acordo com a versão oficial - e centenas de feridos.

  
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