A justiça francesa condenou nesta quinta-feira a revista Closer a pagar 15.000 euros como indenização por perdas e danos à atriz Julie Gayet, em função da publicação em janeiro de uma série de fotos que revelaram sua suposta relação com o presidente francês François Hollande.
O Tribunal da Grande Instância de Nanterre, periferia de Paris, considerou que a publicação das fotografias constituía um "ataque à vida privada" da demandante. Também condenou a revista a publicar a decisão da justiça em sua capa, segundo a sentença à qual a AFP teve acesso.
A atriz e produtora de cinema reclamava 50.000 euros de indenização.
A Closer desencadeou um verdadeiro terremoto político-midiático ao publicar em 10 de janeiro imagens do chefe de Estado e de Julie Gayet, fotografados de maneira separada diante de um prédio de Paris, a 100 metros do Palácio do Eliseu. O presidente aparece em uma moto e caminhando de capacete para não ser reconhecido.
A atriz sofreu "uma verdadeira perseguição", afirmou em uma audiência em 6 de março Jean Ennoche, advogado de Gayet.
A Closer alegou o direito de informação e destacou que a reportagem apresentava claramente a questão da "segurança do presidente", um "dever de transparência" para com os franceses, nas palavras da advogada da revista.
A atriz, muito discreta e que nos últimos 20 anos atuou em mais de 70 filmes, de comédias românticas a thrillers, passando pelo drama, a maioria deles em papéis coadjuvantes.
Desde que anunciou em 25 de janeiro o "fim da vida conjunta" com Valérie Trierweiler, iniciada oficialmente em 2007, o presidente François Hollande sempre apareceu sozinho em público e se desconhece a natureza de sua relação com Julie Gayet.