Rússia: adesão da Ucrânia à Otan é perigosa para a Europa

O parlamento ucraniano anunciou em 23 de dezembro a decisão de ingressar na aliança atlântica

25 dez 2014 - 11h53
(atualizado às 13h26)
Sergei Lavrov participa de entrevista coletiva durante uma reunião de ministros das Relações Exteriores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), em Basel, em 5 de dezembro
Sergei Lavrov participa de entrevista coletiva durante uma reunião de ministros das Relações Exteriores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), em Basel, em 5 de dezembro
Foto: Arnd Wiegmann / Reuters

Os esforços de Kiev para se juntar à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) são perigosos para a própria Ucrânia e para a segurança da Europa, disse nesta quinta-feira o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, segundo a agência de notícias Interfax.

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"Há alguns países ocidentais que querem manter a crise na Ucrânia e manter e aumentar o confronto entre Ucrânia e Rússia, incluindo por meio de provocativos esforços relativos a adesão à aliança atlântica", disse.

O parlamento ucraniano aprovou na terça-feira uma emenda legislativa que propôs a renúncia ao status de país não-alinhado e que declarou o propósito de ingressar na Otan.

As remodelações foram propostas pelo presidente ucraniano, Petro Poroshenko, e incluem diretamente uma norma sobre a cooperação com a Otan "para cumprir os critérios necessários para ser membro desta organização".

Poroshenko argumentou que a "agressão da Rússia à Ucrânia, a anexação ilegal da Crimeia e a intervenção militar nas regiões orientais obrigou a buscar garantias mais eficazes de independência, soberania, segurança e integridade territorial da Ucrânia".

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O porta-voz da diplomacia russa assinalou que a decisão do parlamento ucraniano "causou perplexidade", porque foi adotada exatamente em um momento em que "se observam tendências positivas para a solução da crise no leste da Ucrânia".

"Estamos convencidos que a guinada euro-atlântica na política interna e exterior do Estado ucraniano dificilmente ajudará o país a sair de sua profunda crise política e econômica", ressaltou Aleksandr Lukashevich.

Com informações da Reuters e EFE.

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Fonte: Terra
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