A Rússia afirmou nesta terça-feira (10) que haverá uma "escalada no conflito" no leste da Ucrânia caso os Estados Unidos resolvam enviar armas para os militares de Kiev.
A ameaça de Moscou foi transmitida pelo secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolai Patrushev, um dia após o presidente norte-americano, Barack Obama, anunciar que estava analisando a possibilidade de armar o Exército ucraniano.
"Também reagiremos com instrumentos diplomáticos", garantiu o representante do governo russo.
Obama fez o anúncio em uma coletiva de imprensa ao lado da chanceler alemã, Angela Merkel, que, junto com o líder francês, François Hollande, tentam negociar um plano de paz para o conflito no leste da Ucrânia entre militares e rebeldes separatistas pró-russos.
Desde a semana passada, Hollande e Merkel estão participando de reuniões com líderes russos e ucranianos para tentar um consenso diplomático.
"É verdade que pedi à minha equipe para avaliar todas as opções caso a diplomacia falhe. E a possibilidade de fornecer armas letais defensivas é uma das alternativas que estão sendo examinadas. Mas nenhuma decisão foi tomada ainda", afirmou Obama.
Um ataque aéreo contra uma base do Exército ucraniano em Kramatorsk, a 50 quilômetros da fronteira com a Rússia, causou a morte de, ao menos, sete pessoas. Outras 26 pessoas - sendo 16 civis e 10 militares - também ficaram feridas na cidade que é controlada por tropas de Kiev.