Rússia começa a fornecer gás ao leste da Ucrânia controlado por rebeldes

19 fev 2015 - 18h36
(atualizado às 18h36)

A Rússia começou nesta quinta-feira a fornecer gás ao leste da Ucrânia controlado por rebeldes depois que o governo central em Kiev interrompeu temporariamente o fornecimento por causa de danos em suas redes de distribuição em decorrência de fortes confrontos, que ainda continuam apesar de um cessar-fogo.

O primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev, lidera uma reunião de governo em Moscou, na Rússia, nesta quinta-feira. 19/02/2015
O primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev, lidera uma reunião de governo em Moscou, na Rússia, nesta quinta-feira. 19/02/2015
Foto: Ekaterina Shtukina / Reuters

A disputa em torno das remessas e do preço do gás russo destinado à Ucrânia tem estado no centro de um impasse mais amplo entre os dois ex-Estados soviéticos e que acabou por levar a um esfriamento nas relações da Rússia com o Ocidente.

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Em atendimento a uma ordem do primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev, para fornecer gás ao leste da Ucrânia a título de ajuda humanitária, a companhia de gás Gazprom disse ter dado início ao abastecimento por meio das estações de bombeamento de Prokhorovka e Platovo, localizadas na fronteira com o leste ucraniano.

O presidente executivo da Gazprom, Alexei Miller, disse que as remessas de gás chegavam a 12 milhões de metros cúbicos por dia.

O porta-voz da Gazprom, Sergei Kupriyanov, disse que os 12 milhões de metros cúbicos se somam aos 30 milhões de metros cúbicos que a Ucrânia já recebe, elevando o total das remessas para 42 milhões de metros cúbicos.

Ele não quis dar mais detalhes sobre a operação, dizendo que o fornecimento adicional estava sendo enviado de acordo com um contrato já existente com a companhia estatal ucraniana Naftogaz.

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A Naftogaz disse que suspendeu o fornecimento em 18 de fevereiro “devido a extensos danos na rede de transporte de gás”.

Mais tarde nesta quinta-feira, o presidente-executivo da Naftogaz, Andriy Kobolev, disse que a empresa tinha retomado o fornecimento de gás, mas com volumes menores. A empresa também disse que as exportações de gás russo através da Ucrânia não foram prejudicadas.

(Reportagem de Pavel Polityuk, Vladimir Soldatkin, Denis Pinchuk e Maria Kiselyova)

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