Rússia está disposta a dialogar com novo governo da Ucrânia

Rússia ainda não anunciou um reconhecimento formal da legitimidade do novo presidente ucraniano

26 mai 2014 - 08h39
<p>A Rússia está "disposta a dialogar" com o novo presidente ucraniano Petro Poroshenko, afirmou o chanceler russo Serguei Lavrov</p>
A Rússia está "disposta a dialogar" com o novo presidente ucraniano Petro Poroshenko, afirmou o chanceler russo Serguei Lavrov
Foto: Reuters

A Rússia está "disposta a dialogar" com o novo presidente ucraniano Petro Poroshenko, afirmou o chanceler russo Serguei Lavrov, que pediu a Kiev o fim da operação militar contra as forças separatistas pró-Moscou no leste da Ucrânia.

"Estamos dispostos a dialogar com os representantes de Kiev, com Petro Poroshenko", que foi eleito domingo, declarou Lavrov.

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"Estamos dispostos a iniciar um diálogo pragmático, em pé de igualdade, baseado no respeito de todos os acordos, em particular na área comercial, econômica e de gás, com o objetivo de buscar soluções aos problemas atuais entre Rússia e Ucrânia", completou.

O chefe da diplomacia russa não anunciou, no entanto, um reconhecimento formal da legitimidade do novo presidente ucraniano.

"Como disse o presidente (Vladimir Putin), respeitaremos o resultado decidido pelo povo ucraniano", se limitou a declarar.

Entenda a crise na Ucrânia

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A eleição de Poroshenko coroa para Kiev o processo iniciado com a destituição em fevereiro, pelo Parlamento ucraniano, do presidente pró-Rússia Viktor Yanukovich, após vários meses de protestos violentos. Mas a votação não aconteceu na maior parte do leste do país, que está em aberta rebelião separatista.

Putin afirmou na semana passada que consideraria "com respeito" o resultado da eleição na Ucrânia, mas sem pronunciar-se sobre a legitimidade da votação.

Segundo Lavrov, "o mais importante é que as atuais autoridades (ucranianas) respeitem os cidadãos, o povo, e permitam alcançar compromissos que levem em consideração todas as forças políticas".

Ele condenou a operação "antiterrorista" do governo ucraniano contra as forças pró-Rússia do leste.

"Seria um erro colossal prosseguir com a operação" advertiu, antes de pedir o respeito ao 'mapa do caminho' da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE).

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O plano prevê o fim da violência e uma anistia aos opositores pró-Rússia, o desarmamento dos grupos armados e o "retorno do monopólio da força ao Estado", a promoção do diálogo nacional e a organização das eleições presidenciais que aconteceram domingo.

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