A Rússia advertiu nesta terça-feira o governo ucraniano sobre o uso de força no leste do país, região na qual militantes pró-russos tomaram diversos prédios do governo local em algumas cidades. Segundo Moscou, uma ação baseada na força poderia provocar no país uma guerra civil.
"Fazemos um apelo para a cessação imediata de quaisquer preparações militares”, que podem aumentar o “risco de desencadear uma guerra civil", disse o Ministério das Relações Exteriores da Rússia por meio de um comunicado.
Cidades como Kharkiv, Lugansk e Donetsk tiveram várias demonstrações de apoio aos russos – na última, inclusive, os moradores declararam independência e prometeram uma votação para se juntar ao território russo. O novo governo ucraniano acusa a Rússia de fomentar a agitação no leste do país, fato rechaçado por Moscou.
O Ministério russo disse que tinha informações de que a Ucrânia estava enviando forças de segurança interna e voluntários da Guarda Nacional, incluindo membros do grupo ultra-nacionalista Pravy Sektor, para o sudeste do país, incluindo Donetsk.
A pasta também alegou que a Ucrânia estava empregando membros de um grupo de segurança privada dos Estados Unidos (Greystone Ltd) disfarçados como forças especiais ucranianas, cujo objetivo seria "sufocar os protestos dos moradores do sudeste do país (Ucrânia) contra a política das atuais autoridades de Kiev".
"Os organizadores e participantes dessa provocação estão assumindo grande responsabilidade por criar uma ameaça aos direitos, liberdades e vidas de cidadãos ucranianos pacíficos e para a estabilidade do Estado ucraniano", disse o Ministério das Relações Exteriores russo.
Com informações das agências AFP e EFE