Secretário da ONU pede que Europa "faça mais" por refugiados

28 set 2015 - 12h42
Ban Ki-moon lembrou que, no final da Segunda Guerra, eram os cidadãos europeus que "procuravam a ajuda do mundo"
Ban Ki-moon lembrou que, no final da Segunda Guerra, eram os cidadãos europeus que "procuravam a ajuda do mundo"
Foto: Cia Pak/ONU

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu hoje à Europa para fazer mais esforços em relação à busca de solução para a crise migratória. Em discurso de abertura da assembleia-geral de 193 Estados-membros, Ban Ki-moon disse: "Peço à Europa que faça mais". Lembrou que, no final da Segunda Guerra Mundial, eram os cidadãos europeus "que procuravam a ajuda do mundo".

"Devemos combater a discriminação. No século 21 não devíamos construir valas ou muros", disse o secretário-geral.

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O chefe da ONU lembrou que o Líbano, Jordânia e Turquia "recebem generosamente vários milhões de refugiados sírios e iraquianos" e que os países em desenvolvimento continuam também a receber grande número de migrantes apesar dos "recursos limitados".

Ban reconheceu que o movimento de pessoas em diferentes regiões levanta "questões complexas e dá origem a posições inflamadas", mas sublinhou que todos os países devem se guiar por princípios comuns. O secretário-geral enumerou os princípios - legislação internacional, direitos humanos e compaixão básica -  e disse que convocou para quarta-feira (30) reunião sobre a crise dos refugiados.

Ban Ki-moon elogiou "os que na Europa defendem os valores da União e oferecem asilo" e convocou a comunidade internacional a buscar compromissos em favor do fim à guerra na Síria e contra a ação de grupos extremistas como o Estado Islâmico (EI).

"Cinco países, em particular, têm a chave (da solução para o problema migratória): Federação Russa, Estados Unidos, Arábia Saudita, Irã e Turquia. Mas enquanto uma parte não chegar a um compromisso com a outra, é inútil esperar uma mudança", disse.

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O secretário-geral da ONU disse que a "paralisia diplomática" do Conselho de Segurança, entre outros fatores, permitiu que a crise migratória se tenha descontrolado e lembrou que a luta na Síria é alimentada, em parte, por "poderes e rivalidades regionais".

Agência Brasil
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