Segunda caixa-preta confirma que copiloto derrubou avião

Após trancar piloto fora da cabine, Andreas Lubitz colocou aeronave em modo automático e programou choque contra os Alpes

3 abr 2015 - 08h38
(atualizado às 09h01)
<p>Copiloto derrubou avião de forma deliberada, matando a si e outras 149 pessoas</p>
Copiloto derrubou avião de forma deliberada, matando a si e outras 149 pessoas
Foto: Jean-Paul Pelissier / Reuters

Investigação francesa mostra que, após trancar piloto fora da cabine, Andreas Lubitz colocou aeronave em modo automático e programou choque contra os Alpes. Na véspera da tragédia, ele pesquisou formas de se suicidar.

Investigadores franceses disseram nesta sexta-feira que os dados da segunda caixa-preta do voo 4U-9525, da Germanwings, confirmam a versão de que o copiloto derrubou deliberadamente o avião nos Alpes franceses.

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A caixa-preta foi encontrada na quinta-feira. Ela contém registros de quase todos os instrumentos do avião e reforçam as evidências, já achadas no gravador de áudio do cockpit, de que o copiloto trancou o piloto fora da cabine para cometer suicídio.

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"Uma primeira leitura mostra que o piloto na cabine usou o piloto automático para fazer o avião descer a uma altitude de 100 pés (30 metros). Depois, várias vezes durante a descida, ele trocou as configurações de piloto automático para aumentar a velocidade de aeronave", afirmou em comunicado a agência de investigação aérea francesa (BEA).

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Foto: Wolfgang Rattay / Reuters

O resultado preliminar da análise é mais um indício de que o responsável pela tragédia qeu matou 150 pessoas é o alemão Andreas Lubitz, de 27 anos. Na quinta-feira, uma investigação paralela em andamento na Alemanha mostrou que ele pesquisou na internet formas de cometer suicídio dias antes da queda do avião.

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Lubitz também se informou, em pelo menos um dia, sobre o funcionamento das portas das cabines de comando das aeronaves e suas medidas de segurança. Os investigadores conseguiram ver o histórico de navegação abrangendo o período entre 16 e 23 de março do tablet encontrado no apartamento do copiloto em Düsseldorf.

Segundo as investigações, o Lubitz estaria sofrendo de casos de depressão nos últimos anos e tinha um atestado médico para 24 de março, dia da tragédia.

A Lufthansa, empresa da qual a Germanwings é subsidiária, sabia do problema de Lubitz. Em 2009, ele informou a escola de pilotos da companhia aérea de que sofria de depressão. A Lufthansa afirmou que, após a pausa na formação, o copiloto passou por exames médicos que confirmaram que ele estava apto a pilotar.

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