Separatistas pró-Rússia reforçaram barricadas e prepararam bombas caseiras, nesta quarta-feira, em um prédio público de Lugansk, no leste da Ucrânia, enquanto em Kiev o governo ucraniano ameaçou usar a força para restaurar a ordem.
Nos últimos dias, vários edifícios públicos foram ocupados no leste da Ucrânia por ativistas russófonos que reivindicam a realização de referendos regionais como o que ocorreu antes da anexação da península da Crimeia pela Rússia, no mês passado.
Uma porta-voz policial disse, contrariando rumores, que não há reféns em Lugansk. Os manifestantes também negaram isso.
Em Donetsk, ao sul, os ativistas continuam controlando o principal edifício regional de governo, mas as autoridades encerraram a ocupação na cidade de Kharkiv.
"Uma solução para esta crise será encontrada nas próximas 48 horas", disse em Kiev o ministro ucraniano do Interior, Arsen Avakov, a jornalistas.
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"Para quem quer diálogo, propomos conversas e uma solução política. Para a minoria que quer conflito, eles terão a resposta de força das autoridades ucranianas", afirmou.
Um porta-voz dos manifestantes que ocupam o prédio em Lugansk disse que 50 pessoas deixaram o local durante a noite, mas que outras permaneceram, e que as negociações para o fim do impasse prosseguem.
Os ativistas, muitos deles encapuzados, continuaram a reforçar suas barricadas com pneus, pallets de madeira e sacos de areia. Além disso, bombas incendiárias foram preparadas, e vários militantes portavam armas automáticas.
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Ativistas seguram uma enorme bandeira russa em frente ao prédio da administração regional em Donetsk, Ucrânia, neste domingo. Um grupo de pessoas invadiu o edifício do governo provincial: uma inscrição na bandeira russa colocada na fachada do local dizia: "República Donetsk"
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Manifestante agita bandeira da Rússia em Donetsk neste domingo
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Ativistas pró-russos se chocam com polícia em frente ao prédio da administração regional em Donetsk neste domingo
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Manifestantes se reuníram neste domingo em frente ao prédio principal do governo em Donetsk, região ucraniana que pede independência do país. Um referendo foi pedido e gritos de República Donetsk foram ouvidos. Ativistas pró-russos enfrentaram a polícia no local
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Um homem grita durante manifestação pró-Rússia, perto do edifício do governo regional em Donetsk neste domingo. Cerca de 100 manifestantes invadiram o prédio do governo regional na cidade ucraniana do leste
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Manifestantes pró-Rússia enfrentam a polícia perto do edifício do governo regional em Donetsk neste domingo
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Os ativistas pró-Moscou, que ocupam o principal edifício do governo local de Donetsk, na região leste da Ucrânia, proclamaram nesta segunda-feira a criação de uma "república soberana" independente
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Um manifestante pró-Rússia põe no fogo em uma efígie de Stepan Bandera, um dos fundadores da Organização dos Nacionalistas Ucranianos, durante protestos em Donetsk
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O primeiro-ministro ucraniano Arseni Yatseniuk acusou nesta segunda-feira a Rússia de estar por trás dos protestos e das ocupações de prédios oficiais das últimas horas com o objetivo de "desmembrar" o país
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Cerca de cem pessoas invadiram o prédio do governo de Donetsk neste domingo
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Manifestantes pró-Rússia brigam com a polícia perto do edifício do governo regional em Donetsk neste domingo
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Manifestantes pró-Rússia penduraram uma bandeira russa após invadir o prédio do governo regional em Donetsk no domingo. Cerca de 100 manifestantes pró-russas invadiram o prédio do governo regional na cidade ucraniana do leste no domingo. O banner diz: "República Donetsk
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O porta-voz do grupo, identificado apenas como Vasily, disse que os militantes que saíram "não estavam preparados para permanecer e lutar", mas que os recalcitrantes irão resistir até que um referendo separatista seja realizado.
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"É claro que precisamos pedir à Rússia para nos deixar aderir a ela", afirmou, acrescentando que espera receber ajuda do presidente russo, Vladimir Putin.
O governo ucraniano diz que as ocupações são parte de um plano russo para desmembrar a Ucrânia, uma acusação que Moscou rejeita. Os EUA também atribuem a crise a Moscou.
Em nota na quarta-feira, a chancelaria russa rejeitou as acusações e qualificou de infundadas as preocupações de Kiev e do Ocidente com as movimentações militares da Rússia nos arredores da Ucrânia.
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