Separatistas fazem barricadas na Ucrânia; Kiev ameaça reagir

Prédio público na cidade de Lugansk, no leste do país, segue ocupado por manifestantes pró-Rússia

9 abr 2014 - 12h30
(atualizado às 13h00)
<p>Manifestantes pró-russos reforçaram as barricadas em frente ao edifício do Serviço de Segurança da Ucrânia, na cidade de Luhansk, no leste do país</p><p> </p>
Manifestantes pró-russos reforçaram as barricadas em frente ao edifício do Serviço de Segurança da Ucrânia, na cidade de Luhansk, no leste do país
Foto: Reuters

Separatistas pró-Rússia reforçaram barricadas e prepararam bombas caseiras, nesta quarta-feira, em um prédio público de Lugansk, no leste da Ucrânia, enquanto em Kiev o governo ucraniano ameaçou usar a força para restaurar a ordem.

Nos últimos dias, vários edifícios públicos foram ocupados no leste da Ucrânia por ativistas russófonos que reivindicam a realização de referendos regionais como o que ocorreu antes da anexação da península da Crimeia pela Rússia, no mês passado.

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Uma porta-voz policial disse, contrariando rumores, que não há reféns em Lugansk. Os manifestantes também negaram isso.

Em Donetsk, ao sul, os ativistas continuam controlando o principal edifício regional de governo, mas as autoridades encerraram a ocupação na cidade de Kharkiv.

"Uma solução para esta crise será encontrada nas próximas 48 horas", disse em Kiev o ministro ucraniano do Interior, Arsen Avakov, a jornalistas.

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"Para quem quer diálogo, propomos conversas e uma solução política. Para a minoria que quer conflito, eles terão a resposta de força das autoridades ucranianas", afirmou.

Um porta-voz dos manifestantes que ocupam o prédio em Lugansk disse que 50 pessoas deixaram o local durante a noite, mas que outras permaneceram, e que as negociações para o fim do impasse prosseguem.

Os ativistas, muitos deles encapuzados, continuaram a reforçar suas barricadas com pneus, pallets de madeira e sacos de areia. Além disso, bombas incendiárias foram preparadas, e vários militantes portavam armas automáticas.

O porta-voz do grupo, identificado apenas como Vasily, disse que os militantes que saíram "não estavam preparados para permanecer e lutar", mas que os recalcitrantes irão resistir até que um referendo separatista seja realizado.

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"É claro que precisamos pedir à Rússia para nos deixar aderir a ela", afirmou, acrescentando que espera receber ajuda do presidente russo, Vladimir Putin.

O governo ucraniano diz que as ocupações são parte de um plano russo para desmembrar a Ucrânia, uma acusação que Moscou rejeita. Os EUA também atribuem a crise a Moscou.

Em nota na quarta-feira, a chancelaria russa rejeitou as acusações e qualificou de infundadas as preocupações de Kiev e do Ocidente com as movimentações militares da Rússia nos arredores da Ucrânia.

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