Separatistas pró-russos tomam cidade do leste da Ucrânia

Centenas de milicianos entraram na madrugada de segunda-feira em Popasnaya, na região de Lugansk, sem que houvesse combates

8 jul 2014 - 05h25
(atualizado às 05h41)

As milícias pró-russas tomaram na segunda-feira o controle de Popasnaya, cidade de aproximadamente 20 mil habitantes que fica próxima da fronteira administrativa entre as regiões de Lugansk e Donetsk, no leste da Ucrânia, informou nesta terça-feira a agência dos separatistas, Novorossiya (Nova Rússia).

Centenas de milicianos entraram na madrugada de segunda-feira em Popasnaya, na região de Lugansk, sem que houvesse combates, já que não havia efetivos das Forças Armadas ucranianas na cidade, segundo a agência.

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Popasnaya é um importante entroncamento ferroviário situado a 20 quilômetros ao nordeste de Stakhanov, cidade onde se encontra o posto de comando de reserva do líder da autoproclamada República Popular de Lugansk, Valeri Bolotov.

Por enquanto, as autoridades ucranianas não confirmaram, nem desmentiram, que Popasnaya esteja em poder das milícias pró-russas, que no fim de semana passado abandonaram as cidades de Slaviansk e Kramatorsk, assim como outras localidades da região de Donetsk, para engrossar a resistência na cidade de Donetsk, a capital regional.

O governo da Ucrânia anunciou que tem o propósito de sitiar as cidades de Donetsk e Lugansk para obrigar a rendição das milícias separatistas. "É impossível que o Exército ucraniano cerque qualquer destas cidades. Nem com todos os seus recursos o Exército ucraniano é capaz de sitiar Donetsk", disse ao site de notícias russo "Gazeta.ru" o primeiro-ministro da autoproclamada República Popular de Donetsk, Alexander Borodai.

O líder separatista, que se encontra em Moscou para "consultas", garantiu que não vê uma "grande ameaça" nos planos dos militares ucranianos. "Estamos nos preparando para operações ativas, não para resistir a um cerco", comentou Borodai.

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Além disso, insistiu que os líderes separatistas estão abertos a retomar as reuniões com as autoridades de Kiev para estabelecer um cessar-fogo. Quanto à possível abertura de uma negociação de paz, Borodai foi categórico ao afirmar que isso só vai acontecer quando as tropas ucranianas deixarem as regiões de Lugansk e Donetsk.

Entenda a crise na Ucrânia

  
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