A votação para escolher os líderes e deputados das autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL), no leste da Ucrânia, começou neste domingo envolta em fortes medidas de segurança, informou a agência russa "Interfax".
Segundo os organizadores, qualificados de "farsa" pelas autoridades de Kiev, nas duas entidades separatistas foram habilitados 400 colégios eleitorais, que permanecerão abertos até às 20 horas no horário local (15 horas em Brasília).
"Votei pela paz, pela felicidade e pela justiça. A partir de hoje o país está em boas mãos", declarou o primeiro-ministro da RPD, Aleksandr Zakharchenko, citado pela "Interfax", logo após depositar seu voto na urna.
Zakharchenko, claro favorito a assumir o governo da RPD, votou em uma escola do distrito de Voroshilovski da cidade de Donetsk, a principal cidade dos separatistas pró-Rússia no leste ucraniano.
Também não há dúvidas que o líder da RPL, Igor Plotnitski, sairá vencedor das urnas.
As eleições acontecem sem registros eleitorais verificáveis, em alguns lugares com urnas móveis, e nelas também podem participar os refugiados no território russo.
Publicidade
Também é possível votar no site da Comissão Eleitoral da RPD e por e-mail.
Atualmente, os rebeldes controlam um terço de Donetsk e Lugansk, parte que inclui as capitais regionais e as cidades mais povoadas, com exceção de Mariupol (no mar de Azov), sede do governo provisório leal a Kiev.
As autoridades de Kiev declararam a eleição ilegal e consideram mais um passo para a cisão das zonas rebeldes, postura apoiada pelos Estados Unidos e pela União Europeia.
A Rússia, por outro lado, anunciou que reconhecerá os resultados destas eleições por acreditar que os insurgentes das regiões orientais ucranianas têm direito de escolher seus representantes nas negociações para a solução do conflito.
1 de 12
A ex-croupier Gaika se juntou aos rebeldes pró-Rússia e se tornou especialista em manobrar obuseiros, tipo de arma que dispara projéteis explosivos em trajetórias curvas, na cidade de Makievka, leste da Ucrânia, em 6 de outubro
Foto: Shamil Zhumatov
2 de 12
Irina, funcionária de um posto de gasolina se tornou membro do grupo rebelde na cidade de Makievka, leste da Ucrânia, em 6 de outubro
Foto: Shamil Zhumatov
3 de 12
A rebelde pró-Rússia Alla, apelidada de Ryzhaya (a ruiva), posa para foto durante uma entrevista na cidade de Donetsk, no leste da Ucrânia, em 5 de outubro
Foto: Shamil Zhumatov
4 de 12
Uma rebelde pró-russa é fotografada ao lado de um caminhão antes de partir para o Aeroporto Internacional Prokofiev durante combates com o governo ucraniano na cidade de Donetsk, em 4 de outubro
Foto: Shamil Zhumatov
5 de 12
Stella, de 33 anos, fica de guarda no vilarejo de Schastya, próximo à cidade de Lugansk, no leste da Ucrânia, em 26 de setembro
Foto: David Mdzinarishvili
6 de 12
Nadie, de 36 anos, é captada pelas lentes do fotógrafo da Reuters em um campo militar em Lugansk, no leste ucraniano, em 24 de setembro
Foto: David Mdzinarishvili
7 de 12
Mulheres também aderiram ao grupo na cidade de Nizhnaya Krinka, no leste ucraniano; foto tirada em 23 de setembro
Foto: Marko Djurica
8 de 12
Rebelde monta guarda em Horlivka, em 18 de setembro
Foto: David Mdzinarishvili
9 de 12
Separatista pró-russa tira foto junto de seu rifle em Donetsk, leste da Ucrânia, em 17 de setembro
Foto: Marko Djurica
10 de 12
Uma mulher que luta ao lado dos separatistas pró-russos posa para a foto junto da sua pistola em Lugansk, em 14 de setembro
Foto: Marko Djurica
11 de 12
Centenas de mulheres que se aliaram ao movimento separatista pró-russo estão espalhadas por todo o leste ucraniano; registro feito em 10 de setembro
Foto: David Mdzinarishvili
12 de 12
As separatistas aderiram à luta armada para combater as forças do governo ucraniano em Donetsk; foto tirada em 8 de setembro