Snowden alerta para perda de privacidade em mensagem de Natal

25 dez 2013 - 16h00
Brasileiros erguem placas pedindo para que o Brasil abrigue Edward Snowden
Brasileiros erguem placas pedindo para que o Brasil abrigue Edward Snowden
Foto: Reuters

O ex-prestador de serviços da Agência de Segurança Nacional dos EUA Edward Snowden, que revelou detalhes de vigilância eletrônica por serviços de espionagem americanos e britânicos, alertou para os perigos representados por uma perda de privacidade em mensagem transmitida à Grã-Bretanha no dia de Natal.

Em um vídeo de dois minutos gravado em Moscou, onde Snowden teve asilo temporário concedido, ele falou sobre as preocupações com a vigilância em uma época de grande avanço tecnológico.

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"Nós temos sensores em nossos bolsos que nos acompanham em todos os lugares que vamos. Pense sobre o que isso significa para a privacidade de uma pessoa comum."

"Uma criança que nasce hoje irá crescer sem nenhum conceito de privacidade", disse Snowden. "Eles nunca vão saber o que significa ter um momento privado para si mesmos, um pensamento não analisado, não registrado. E isso é um problema, porque a privacidade importa, a privacidade é o que nos permite determinar quem somos e quem queremos ser."

A "Mensagem de Natal Alternativa" , transmitida anualmente no canal 4 de televisão da Grã-Bretanha desde 1993, imita o formato da mensagem anual endereçada à nação pela Rainha Elizabeth.

Participantes anteriores incluíram o então presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, em 2008, e as personagens de desenhos animados populares Marge e Lisa Simpson, em 2004.

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Na terça-feira, Snowden - que divulgou milhares de documentos confidenciais - disse em uma entrevista publicada no Washington Post que ele havia conseguido o que ele se propôs a fazer .

"Para mim, em termos de satisfação pessoal, a missão já está cumprida", disse.

Snowden deixou seu posto na NSA no Havaí em maio e veio a público com suas primeiras revelações em Hong Kong algumas semanas mais tarde.

Em junho, ele partiu para a Rússia e ficou no aeroporto de Moscou por quase seis semanas até que o Kremlin concedeu-lhe asilo temporário de um ano.

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