Edward Snowden fez um apelo público à Suíça para que lhe conceda o asilo, dizendo que gostaria de voltar a viver em Genebra, onde trabalhava secretamente para a Agência Central de Inteligência norte-americana (CIA).
O ex-colaborador da agência de espionagem norte-americana, procurado por Washington por vazar detalhes de programas de monitoramento em massa dos EUA, falou de Moscou via vídeo com uma audiência em Genebra após exibição do "Citizenfour", documentário que ganhou o Oscar sobre o caso de Snowden.
"Eu iria amar poder voltar à Suíça, algumas de minhas memórias favoritas são de Genebra. É um lugar maravilhoso", disse ao Festival Internacional de Filmes e ao Fórum de Direitos Humanos na noite de quinta-feira, quando perguntando sobre busca de asilo.
"Eu acho que a Suíça seria uma boa opção política por conta da sua história de neutralidade", completou Snowden, elogiando a diversidade cultural e o histórico de direitos humanos do país.
Snowden disse que pediu asilo a 21 países, "a maioria na Europa central e ocidental", após os EUA cancelarem seu passaporte e ser barrado de ir para o Equador.
"Infelizmente nenhum país disse sim", afirmou Snowden, alegando "interferência política" do governo do presidente dos EUA, Barack Obama.
Snowden, de 31 anos, reiterou que não voltaria aos EUA a não ser que fosse oferecido um "julgamento justo".
"A única coisa que disseram até este momento é que não iriam me executar, o que não é a mesma coisa que um julgamento justo", completou.
De acordo com as atuais leis suíças, um postulante a asilo precisa estar em território suíço para apresentar o pedido.
Snowden atualmente está na Rússia.