Suíça congela bens de 20 ucranianos, entre eles Yanukovitch e seu filho

28 fev 2014 - 08h51
(atualizado às 11h02)

O governo suíço publicou nesta sexta-feira a lista de 20 pessoas de nacionalidade ucraniana, entre elas o deposto presidente Victor Yanukovitch, seu filho e outras pessoas de seu entorno político, dos quais serão congelados os bens que possam ter na Suíça.

O governo suíço já anunciou na quinta-feira esta medida, que entra em vigor hoje mesmo, desde o momento de sua publicação. Nesta lista também estão incluídos o antigo primeiro-ministro até a queda de Yanukovich, Sergei Arbuzov, e seu antecessor no cargo Mikola Azarov.

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Figuram na lista, além disso, os antigos ministros de Saúde, Raisa Bogatyrova; de Finanças, Yuriy Kolobov; de Infraestruturas, Volodymyr Kozak; de Justiça, Olena Lukash; de Agricultura, Mykola Prysyazhnyuk; de Interior; Vitaly Zakarchenko; de Fazenda, Aleksander Klymenko; e de Energia, Eduard Stavytsky.

Também estão presentes o ministro das Infraestruturas durante a Eurocopa de 2012, Boris Kolesnikov; o antigo governador da província de Kharkiv, Mikhail Dobkin; o prefeito a cidade homônima, Hannady Kernes; o antigo chefe do gabinete presidencial, Andrey Kluev; e o parlamentar Yuri Ivanyusenko, próximo a Yanukovitch. Completam a lista o ex-procurador-geral, Viktor Pshonka, e o chefe do grupo político do Partido da Regiões, Aleksander Yefremov.

Segundo a ordem publicada hoje, as autoridades suíças congelarão todos os bens e recursos econômicos em nome dessas pessoas, que incluem ativos financeiros como depósitos bancários, cheques, títulos de dívida, obrigações, derivados ou dividendos.

O Executivo suíço adotou esta determinação por iniciativa própria, não a pedido do Governo interino da Ucrânia, e "tem direito a tomar medidas preventivas semelhantes em situações específicas, como casos de agitação política", explicou ontem à Agência EFE o porta-voz do Departamento Federal de Relações Exteriores, Pierre-Alain Eltschinger.

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"Fazemos isso a fim de preservar os ativos que podem ter sido adquiridos e depositados na Suíça ilegalmente e para evitar que sejam transferidos a outra parte", esclareceu.

Desta maneira, a Suíça colabora com as autoridades judiciais de outros países para que possam iniciar um processo penal se for preciso.

No entanto, esclareceu que as autoridades judiciais competentes do país em questão -neste caso Ucrânia- são as "responsáveis de realizar os procedimentos necessários para demonstrar a origem ilícita dos bens congelados".

  
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