A agência nacional de produtos terapêuticos da Suíça deu aval a um novo teste pré-natal para síndrome de Down em meio à controvérsia que isso pode levar a um aumento no número de abortos, informa nesta segunda-feira o jornal britânico
Daily Mail. Os testes, que serão feitos a partir de amostras do sangue das mulheres grávidas, estarão disponíveis em meados de agosto.
A companhia de seguros suíça Santesuisse e a sociedade de ginecologia do país já defenderam que o teste seja coberto por planos de saúde padrões se sua eficácia for comprovada. No entanto, a federação internacional das organizações de síndrome de Down, que reúne 30 associações de 16 países, entrou com uma representação na Corte Europeia de Direitos Humanos pedindo o banimento do teste. Em junho, federação disse que o tribunal deveria "reconhecer a condição humana e proteger o direito à vida de portadores de síndrome de Down e deficiência".
A companhia alemã LifeCodexx descreve o procedimento, que será comercializado sob o nome PrenaTest, como uma "alternativa sem risco a métodos de exame invasivos como a amniocentese". Os métodos atuais de verificação da síndrome trazem 1% de risco de aborto. A empresa alega que o teste tem 95% de efetividade se realizado durante o primeiro trimestre da gravidez. Em seu site, a companhia afirma que a demanda é alta na Suíça entre médicos e mulheres grávidas. A empresa também espera comercializar o produto na Alemanha, Áustria e Liechtenstein.
A síndrome de Down, também conhecida por trissomia 21, é causada por uma cópia extra do cromossomo 21.