Tártaros da Crimeia exigem dissolução de milícias pró-Rússia

Eles apelaram ao "respeito dos direitos humanos e da liberdade" e pediram o desarmamento de grupos "que assumiram os trabalhos da polícia"

21 mar 2014 - 08h33
(atualizado às 08h47)

A assembleia tradicional dos tártaros da Crimeia exigiu nesta sexta-feira que as novas autoridades da península, incorporada pela Rússia, desarmem as milícias pró-russas e devolvam o trabalho à polícia.

<p>Os tártaros, de confissão muçulmana, representam entre 12% e 15% da população da Crimeia</p>
Os tártaros, de confissão muçulmana, representam entre 12% e 15% da população da Crimeia
Foto: Reuters

Este conselho tártaro informou sobre um grande número de incidentes e de ameaças contra sua comunidade, de confissão muçulmana, que representa entre 12% e 15% da população da Crimeia, e apelou ao "respeito dos direitos humanos e da liberdade", segundo um texto aprovado na quinta-feira e publicado nesta sexta-feira em seu site.

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O texto pede que as novas autoridades desarmem os grupos de cidadãos que "ilegalmente assumiram os trabalhos da polícia".

Os tártaros boicotaram o referendo do último domingo, que aprovou por esmagadora maioria a incorporação da Crimeia à Rússia.

"Na extremamente complexa situação atual, nosso objetivo principal é conservar a calma e a paz na Crimeia, garantir a segurança e a vida de toda a população, e reforçar a confiança e a colaboração da sociedade multiétnica da Crimeia", declarou esta assembleia.

O conselho tártaro também pede que informem sobre todos os incidentes contra a comunidade tártara da Crimeia, inclusive perante as organizações internacionais, para que os autores sejam denunciados e punidos.

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