Um tribunal russo prolongou por dois meses a detenção de um dos 30 ativistas do Greenpeace presos no protesto contra uma plataforma petrolífera da gigante russa Gazprom no Ártico, informou a organização ecologista.
Denis Sinyakov, fotógrafo que trabalha para o Greenpeace, foi o primeiro ativista a ouvir a decisão do tribunal da cidade de Murmansk, norte da Rússia. O tribunal interroga individualmente os ativistas.
Sinyakov, que já trabalhou para o escritório da AFP em Moscou, permanecerá em detenção por dois meses, até 24 de novembro, informou o Greenpeace Rússia no Twitter. Segundo a agência Interfax, Sinyakov insistiu durante a audiência que apenas fotografou a ação do Greenpeace e que não participou no protesto.
O tribunal decidiu mantê-lo em detenção por considerar que o fotógrafo, ao trabalhar para o Greenpeace, viaja com frequência para o exterior e poderia abandonar o país.
Trinta militantes do Greenpeace, incluindo a bióloga brasileira Ana Paula Maciel, acusados de "pirataria", crime que pode ser punido com até 15 anos de prisão na Rússia, comparecem nesta quinta-feira ao tribunal, que deve decidir sobre a detenção.
As forças de segurança russas rebocaram o quebra-gelos "Artic Sunrise", no qual viajavam os ativistas e que foi controlado na quinta-feira passada por uma unidade militar. A comissão de investigação advertiu que solicitaria o prosseguimento da detenção de todos os ativistas.