Autoridades tunisianas prenderam nesta sexta-feira mais 150 pessoas, incluindo líderes da oposição, levando o total de detidos para perto de 800, em resposta a manifestações nesta semana contra aumento de preços e impostos.
Protestos, alguns deles violentos, começaram na Tunísia na segunda-feira, quando um manifestante foi morto, antes de diminuírem na quinta-feira. Manifestantes queimaram dezenas de prédios estatais, fazendo com o que o governo enviasse o Exército para diversas cidades.
Ativistas e políticos da oposição pediram novas manifestações na capital, Túnis, nesta sexta-feira e no domingo, data de sete anos da queda do presidente autoritário Zine El-Abidine Ben Ali, primeiro líder a cair nos protestos de 2011 da "Primavera Árabe".
Na quinta-feira, agitações estavam limitadas a confrontos esporádicos na cidade de Siliana, no norte do país, em Sidi Bouzid, na região central da Tunísia, e em Douz, no sul do país do norte africano. Nesta sexta-feira, manifestações foram mais tranquilas, com somente 200 pessoas protestando pacificamente na capital, disse uma testemunha.
"Os protestos diminuíram e não houve danos, mas na noite passada a polícia prendeu 150 pessoas envolvidas em tumultos nos últimos dias, levando o número total de detidos para 778", disse o porta-voz do Ministério do Interior, Khelifa Chibani. Dezesseis "extremistas islâmicos" estão entre estes detidos, disse Chibani.
A Organização das Nações Unidas pediu para o governo não deter pessoas arbitrariamente.