A batalha pelo controle do partido alemão eurocético Alternativa para a Alemanha (AfD, na sigla original) expôs profundas divergências ideológicas neste fim de semana em um partido que tem roubado votos dos conservadores encabeçados pela chanceler Angela Merkel.
Merkel havia escolhido ignorar, e não desafiar o AfD, que disparou de zero para cerca de 7 por cento nas pesquisas nacionais em menos de dois anos, em meio a esperanças de que o avanço perderia fôlego.
Essa perspectiva pareceu mais realista com a publicação de cartas irritadas de líderes do AfD no fim de semana antes de um congresso em 31 de janeiro, no qual o fundador Bernd Lucke buscará assumir o controle do partido.
A campanha provocou conflito aberto entre ele e seus dois co-chefes, Frauke Petry e Konrad Adam, que querem ampliar o apelo do AfD para eleitores de extrema-direita com uma postura anti-imigração. Partidário de Lucke, Hans-Olaf Hankel acusou Adam de "indecente".
Adam, Petry e três outros líderes do AfD haviam enviado uma carta a Lucke denunciando seu "estilo despótico de liderança".
(Reportagem de Erik Kirschbaum)