Turquia propõe lei que autoriza tiros da polícia em protesto

Os agentes também poderão prender os manifestantes sem a necessidade de acusações por 24 horas

25 nov 2014 - 14h49
<p>Policiais tomam as ruas de Istambul, na Turquia, para deter manifestantes, em 1° de maio</p>
Policiais tomam as ruas de Istambul, na Turquia, para deter manifestantes, em 1° de maio
Foto: Burak Kara / Getty Images

O governo da Turquia apresentou ao parlamento um projeto de lei que aumenta a autoridade da polícia, permite que os agentes disparem caso sejam atacados com coquetéis molotov, facilita os grampos telefônicos e aumenta os períodos de prisão, segundo informou nesta terça-feira o jornal Hürriyet.

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A nova medida, que ainda precisa ser discutida, permite que os policiais prendam manifestantes sem a necessidade de acusações por 24 horas, período que pode ser estendido para 48 horas se o detido for considerado perigoso.

A legislação também inclui fogos de artifício e coquetéis molotov na categoria de armas de fogo e autoriza os agentes a atirarem se forem atacados por esses objetos.

A nova norma permite que a polícia pratique escutas telefônicas durante um período de 48 horas sem autorização judicial, para os casos em que seja essencial atuar com rapidez.

O projeto de lei foi criticado pela oposição como um passo em direção ao autoritarismo do governo. O Exército turco também criticou o projeto, que aumenta o controle do Ministério do Interior sobre o serviço de guarda costeira e a gendarmaria, uma força policial militarizada.

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Fontes militares citadas pelo Hürriyet alertam que a lei causará a politização das forças de segurança, agora controlados pelo Exército, quando o Ministério do Interior assumir as competências sobre as nomeações, as ascensões, as sanções e as substituições.

  
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