O atual ministro do Interior da Ucrânia, Arsen Avakov, colocou a polícia e as forças de segurança do país em alerta após um grupo armado desconhecido invadir os edifícios do parlamento e da administração regional da Crimeia nesta quinta-feira.
Publicidade
O grupo hasteou uma bandeira da Rússia no prédio, o que demonstraria a discordância em relação ao atual governo e as novas regras do país. Ainda não se sabe a identidade dos homens armados, que ainda não fizeram exigências. No entanto, testemunhas disseram que “eles se parecem russos e podem ser do grupo separatista que apoia a integração com a Rússia”.
Os edifícios foram invadidos pelo grupo armado por volta das 4h manhã desta quinta-feira, de acordo o primeiro-ministro da Crimeia, Anatoly Mogilyov, que apoia o ex-presidente Viktor Yanukovych.
A agência de notícias Interfax falou sobre a invasão ao parlamento com uma testemunha, que disse que o grupo era formado por cerca de 60 pessoas que portavam muitas armas. Ninguém foi ferido no momento da invasão.
"Quando a polícia chegou, eles [os homens armados] pareciam assustados. Perguntei-lhes o que eles queriam e me disseram: 'queremos tomar nossas próprias decisões, para não ter Kiev nos dizendo o que fazer'", disse uma testemunha à Reuters.
Publicidade
Um grupo de cem policiais protegem os arredores do parlamento da Crimeia nesta manhã de quinta-feira.
Milhares de pessoas se reuniram em frente ao edifício do parlamento nesta quarta-feira, 26. Uma multidão se dividia entre os que apoiam o novo governo e aqueles que pedem a integração com a Rússia. Duas pessoas foram mortas e mais de 35 ficaram feridas em confrontos, segundo o ministro da saúde da Crimeia.
A Crimeia é a única região da Ucrânia com a maioria étnica russa, formando grande parte da oposição à nova liderança política em Kiev, após a derrubada do presidente Viktor Yanukovich no sábado, 22.
O presidente da Rússia, Vladmir Putin, ignorou pedidos dos russos da Crimeia para recuperar o território entregue à Ucrânia soviética pelo líder comunista soviético Nikita Khrushchev, em 1954.
Os EUA disseram que qualquer ação militar russa no país seria um erro grave. Porém, o ministério das relações exteriores da Rússia enviou um comunicado dizendo que Moscou iria "defender seus compatriotas e reagir sem compromisso a qualquer violação de seus direitos". O ministro manifestou preocupação com "a grande escala de violações dos direitos humanos, ataques e vandalismo" na ex-república soviética.
Publicidade
Com informações da Reuters.
1 de 36
23 de fevereiro - Ucranianos transformaram ruas de Kiev em santuários improvisados; dezenas de pessoas foram mortas pela polícia, que usou atiradores de elite e metralhadoras Kalashnikov para conter os protestos
Foto: Carlo Allegri
2 de 36
23 de fevereiro - Cerimônia em local de morte de manifestantes foi marcada pela emoção em Kiev no dia seguinte à destituição do presidente Viktor Yanukovich - decisão que devolveu um pouco de paz às ruas de Kiev
Foto: Reuters
3 de 36
23 de fevereiro - Ucranianos lamentam o alto número de mortos nos protestos que tomaram as ruas de Kiev. Com flores, eles homenagearam as vítimas de violentos confrontos
Foto: Reuters
4 de 36
22 de fevereiro - Ucranianos comemoram decisão do Parlamento, que acusou presidente de "abandono de funções constitucionais" e destituiu Viktor Yanukovich, convocando eleições presidenciais antecipadas para o dia 25 de maio
Foto: AFP
5 de 36
22 de fevereiro - Ativistas se reuniram nos arredores do Parlamento em Kiev para comemorar o anúncia, que chega no ápice de uma semana de intensos protestos no coração de Kiev. Leia mais -
Foto: AFP
6 de 36
22 de fevereiro - A ex-primeira-ministra ucraniana, Yulia Timoshenko, discursou na Praça da Independência após deixar a prisão e anunciou que será candidata nas eleições presidenciais de 25 de maio. Leia mais -
Foto: AFP
7 de 36
22 de fevereiro - Em gesto simbólico, uma fita preta foi colocada em uma bandeira que combina as bandeiras da Ucrânia e da União Europeia. A simbologia marca um dia de luto nas ruas de Kiev, depois de mais conflitos entre manifestantes e tropas do governo
Foto: Reuters
8 de 36
22 de fevereiro - Manifestantes fazem barricada em uma rua que leva a prédio do governo em Kiev. Em protesto contra o presidente, ucranianos afirmaram que detêm o controle do prédio, enquanto líderes da oposição pressionam por uma renúncia de Viktor Yanukovich
Foto: Reuters
9 de 36
21 de fevereiro - Manifestantes permanecem na Praça da Independência depois de confrontos com a polícia
Foto: Getty Images
10 de 36
21 de fevereiro - Manifestantes voltam a montar barricadas depois de confrontos com a polícia no dia 20
Foto: Getty Images
11 de 36
21 de fevereiro - Manifestante coloca um pneu em chamas em uma barricada, em Kiev
Foto: Getty Images
12 de 36
21 de fevereiro - O clima ainda é de tensão na capital Kiev
Foto: Getty Images
13 de 36
21 de fevereiro - Ucranianos se protegem atrás das barricadas
Foto: Reuters
14 de 36
21 de fevereiro - A violência explodiu novamente em Kiev enquanto políticos da oposição da Ucrânia participavam de uma reunião com o presidente russo Viktor Yanukovich
Foto: Reuters
15 de 36
21 de fevereiro - Manifestantes montam barricadas na Praça da Independência, em Kiev
Foto: Reuters
16 de 36
21 de fevereiro - Homem escala barricada montada por manifestantes
Foto: Reuters
17 de 36
21 de fevereiro - Manifestantes permaneciam da praça da Independência enquanto o presidente russo Viktor Yanukovich, membros da oposição e lideranças da União Europeia discutiam uma solução para a crise
Foto: Reuters
18 de 36
20 de fevereiro - Ativistas oram diante corpos dos manifestantes mortos nos confrontos
Foto: AP
19 de 36
20 de fevereiro - Padres rezaram sob os corpos dos manifestantes mortos nos confrontos com a polícia nesta quinta-feira. Armas de fogo foram utilizadas no dia mais tenso dos últimos meses
Foto: Reuters
20 de 36
20 de fevereiro - Manifestantes feridos estão sendo levados da Praça da Independência. Os corpos dos mortos na manhã desta quinta-feira foram encontrados na praça, principal palco dos protestos, e na recepção de um hotel
Foto: Twitter
21 de 36
20 de fevereiro - Corpos de manifestantes podem ser vistos na Praça da Independência, em Kiev. Pelo menos 17 civis morreram na manhã desta quinta-feira. O presidente do país anunciou que "dezenas de policiais também estão mortos"
Foto: Reuters
22 de 36
20 de fevereiro - Manifestantes feridos estão sendo levados da Praça da Independência. Os corpos dos mortos na manhã desta quinta-feira foram encontrados na praça, principal palco dos protestos, e na recepção de um hotel
Foto: Reuters
23 de 36
20 de fevereiro - Corpos de manifestantes podem ser vistos na Praça da Independência, em Kiev. Pelo menos 21 civis morreram na manhã desta quinta-feira. O presidente do país anunciou que "dezenas de policiais também estão mortos"
Foto: Twitter
24 de 36
20 de fevereiro - Manifestantes feridos estão sendo levados da Praça da Independência. Os corpos dos mortos na manhã desta quinta-feira foram encontrados na praça, principal palco dos protestos, e na recepção de um hotel
Foto: Twitter
25 de 36
20 de fevereiro - Corpos de manifestantes podem ser vistos na Praça da Independência, em Kiev. Pelo menos 21 civis morreram na manhã desta quinta-feira. O presidente do país anunciou que "dezenas de policiais também estão mortos"
Foto: Twitter
26 de 36
20 de fevereiro - Pelo menos 21 civis foram mortos na manhã desta quinta-feira
Foto: Twitter
27 de 36
20 de fevereiro - Pelo menos 21 civis foram mortos na manhã desta quinta-feira
Foto: Twitter
28 de 36
20 de fevereiro - Pelo menos 10 corpos foram deixados no Hotel Ukraine. Os confrontos no país tiveram seu dia mais violento na manhã desta quinta-feira
Foto: Twitter
29 de 36
20 de fevereiro - Corpos de manifestantes podem ser vistos na Praça da Independência, em Kiev. Pelo menos 21 civis morreram na manhã desta quinta-feira. O presidente do país anunciou que "dezenas de policiais também estão mortos", segundo informações da Reuters
Foto: Reuters
30 de 36
20 de fevereiro - Armas de fogo foram utilizadas nos confrontos entre polícia e manifestantes contra o governo na manhã desta quinta-feira. Há pelo menos 21 mortos
Foto: Reuters
31 de 36
20 de fevereiro - Armas de fogo foram utilizadas nos confrontos entre polícia e manifestantes contra o governo na manhã desta quinta-feira
Foto: Reuters
32 de 36
20 de fevereiro - O presidente ucraniano Viktor Yanovich disse que dezenas de policiais estão mortos depois dos conflitos na madrugada desta quinta-feira
Foto: Reuters
33 de 36
20 de fevereiro - Padres rezaram sob os corpos dos manifestantes mortos nos confrontos com a polícia nesta quinta-feira. Armas de fogo foram utilizadas no dia mais tenso dos últimos meses
Foto: Reuters
34 de 36
20 de fevereiro - O presidente ucraniano Viktor Yanovich disse que dezenas de policiais estão mortos depois dos conflitos na madrugada desta quinta-feira
Foto: Reuters
35 de 36
20 de fevereiro - Manifestante mostra rosto um homem morto durante confrontos com a polícia nesta quinta-feira
Foto: AP
36 de 36
20 de fevereiro- Manifestante ferido é levado da Praça da Independência na manhã desta quinta-feira