Ucrânia convoca reservistas e põe militares em alerta de combate

Expectativa de intervenção militar russa na Crimeia motivou mobilização de unidades militares ucranianas para 'defender a unidade territorial' do país

2 mar 2014 - 08h23
(atualizado às 08h46)
<p>Soldados das Forças Armadas da Ucrânia patrulham cidade fronteiriça em meio a tensão com a Rússia</p>
Soldados das Forças Armadas da Ucrânia patrulham cidade fronteiriça em meio a tensão com a Rússia
Foto: AP

O Ministério da Defesa da Ucrânia mobilizou neste domingo os reservistas e ordenou que os comandantes militares colocassem em estado de alerta de combate suas unidades devido à intervenção militar russa na península da Crimeia.

O secretário do Conselho de Defesa e Segurança Nacional da Ucrânia (CDSN), Andrei Parubi, anunciou a convocação dos militares em um pronunciamento diante da imprensa na Rada Suprema (Legislativo), reunida hoje em Kiev.

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Parubi acrescentou que a convocação dos reservistas só afetará "aqueles que o Ministério da Defesa considere necessários". "Precisamos de um exército unido, necessitamos de ações coordenadas", ressaltou.

O responsável deste órgão adjunto à presidência assinalou também que foram dadas instruções para que o Conselho de Ministros "aloque imediatamente todos os recursos necessários para defender os direitos dos cidadãos e a unidade territorial da Ucrânia".

A Crimeia conta com 2 milhões de habitantes, dos quais quase 60% são russos, 25% ucranianos e 12% tártaros
Foto: Arte Terra

Igualmente, o Ministério das Relações Exteriores deve dirigir-se sem demora aos órgãos correspondentes dos países signatários do Memorando de Budapeste - Estados Unidos e Reino Unido - para manter consultas urgentes e garantam a segurança da Ucrânia.

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Este tratado, que foi assinado em dezembro de 1994 na capital húngara, garante por parte dos países signatários (também Rússia entre eles) a segurança da Ucrânia, sua soberania e integridade territorial depois que renunciou às armas nucleares herdadas da União Soviética.

O Ministério do Interior foi encarregado de reforçar a proteção das instalações energéticas do país e outras infraestruturas estratégicas.

Parubi acrescentou que ordenou a criação de um Estado-Maior operacional liderado por ele mesmo e que inclua os representantes dos órgãos centrais do poder na Ucrânia, para reagir à situação na república da Crimeia.

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